A Aptera é uma ilustre desconhecida, mas desde 2005 que tenta fabricar o seu primeiro veículo eléctrico. Depois de falir e de renascer das cinzas, finalmente em 2020 o fabricante de San Diego, na Califórnia, reuniu condições para fabricar o seu primeiro modelo, o Aptera 3, um modelo com três rodas e lugar para dois.

O construtor não pretendeu produzir um automóvel convencional, similar aos seus vizinhos da Tesla, mas sim desenvolver um veículo radical, em que tudo é levado ao extremo para optimizar a eficiência, ou seja, reduzir o consumo de energia. As formas perseguem esse objectivo, sendo que o facto de ter um habitáculo para apenas dois adultos e uma carroçaria com três rodas lhe permitem um Cx de somente 0,13, um valor longe do coeficiente de penetração aerodinâmica de um VW ID.4 (0,28) ou até mesmo de um Tesla Model 3 (0,23), o que o vai ajudar na autonomia.

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Mas o principal argumento para uma autonomia recorde, que segundo o método americano EPA aponta para a capacidade de percorrer mais de 1600 km entre visitas ao posto de carga, só é possível quando o Aptera 3 está equipado com a bateria de 100 kWh. Para dar origem a versões mais acessíveis, o fabricante produz igualmente packs com 60 kWh, 40 kWh e 25 kWh, destinados a alimentar os dois motores eléctricos montados nas rodas dianteiras, sendo capazes de percorrer, respectivamente, 966 km, 644 km e 402 km.

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Mas a Aptera dotou o 3 com uma “arma secreta”, a capacidade de produzir energia enquanto circula ou está estacionado no exterior. Trata-se de células fotovoltaicas que revestem o tejadilho que, segundo a Aptera, aumentam até 64 km a autonomia num dia solarengo, com os utilizadores a poderem usufruir de uns adicionais 40 km caso revistam igualmente o capot frontal e a traseira.

Nos EUA já é possível encomendar o Aptera 3, que só deverá chegar aos clientes em 2021. Os preços variam entre 25.900 (21.300€) e os 46.000 dólares (38.000€).