A Agência Europeia do Medicamento (EMA) foi esta quarta-feira alvo de um ciberataque, avança a Reuters. Documentação relacionada com as vacinas contra a Covid-19 da Pfizer e da BioNTech foi esta quarta-feira pirateadas num ataque cibernético contra a Agência Europeia do Medicamento (AEM), anunciou a farmacêutica norte-americana Pfizer.

“É importante referir que nem o sistema da BioNTech nem o da Pfizer foram violados nesse incidente e não temos conhecimento de dados pessoais que tenham sido pirateados”, lê-se num comunicado.

“Estamos a aguardar mais informações sobre a investigação do AEM e iremos reagir da maneira apropriada, de acordo com a legislação europeia. Dadas as considerações críticas de saúde pública e a importância da transparência, continuamos a fornecer evidências claras sobre todos os aspetos do desenvolvimento de vacinas e do processo regulatório”, lê-se no documento.

A informação foi avançada no início da tarde pela própria EMA no seu site:

A EMA foi alvo de um ciberataque. A Agência lançou rapidamente uma investigação completa, em estreita cooperação com as autoridades policiais e outras entidades relevantes”.

Ao jornal francês Le Monde, a agência afirmou que permaneceu “totalmente funcional”, descartando a hipótese de um ataque ransomware— uma forma de malware que bloqueia o acesso do utilizador às plataformas e depois exige um pagamento para o restaurar.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A agência não avançou pormenores sobre se o incidente afetou os testes, em curso, para dar autorização de comercialização das vacinas para o novo coronavírus desenvolvidas pelas farmacêuticas Pfizer, BioNTech e Moderna.

Na semana passada a EMA recebeu há cerca de uma semana um pedido formal para “autorização condicional” das farmacêuticas Pfizer/BioNTech e Moderna para o uso das vacinas na União Europeia, isto depois de o Reino Unido ter já começado a vacinar a população sem esperar pelos estudos da Agência Europeia do Medicamento.

Notícia atualizada às 20h55 com o motivo do ataque