O líder da UGT e militante do PS, Carlos Silva, vai apoiar Marcelo Rebelo de Sousa nas presidenciais de janeiro, embora saliente “a coragem e determinação” da “camarada” Ana Gomes.

Ao Observador, Carlos Silva justifica a decisão de apoiar “com toda a ênfase” a candidatura de Marcelo com a “prestação contributiva para a paz social” do atual Presidente da República, nomeadamente “para auscultar os parceiros sociais de forma regular, pela primeira vez em democracia”; com “o respeito pelo papel da UGT na sociedade portuguesa enquanto promotora do diálogo social e da concertarão social”; e com “a estabilidade política que defendeu com o atual governo”.

Carlos Silva diz que não tem o apoio necessário do PS e não quer novo mandato na UGT

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O sindicalista aponta ainda “a sua intervenção afetuosa e compreensiva junto das populações, com um grau de proximidade inédito, designadamente durante o flagelo dos incêndios de 2017” e a forma como “geriu a sua intervenção institucional durante a pandemia”.

No entanto, salienta que a decisão é tomada “sem prejuízo de enaltecer a coragem e determinação da minha camarada Ana Gomes no seu gesto de fazer refletir o papel do PR na sociedade portuguesa”. “Mas o meu apoio e voto são iniludíveis”, conclui. Nas últimas eleições, o líder da UGT apoiou o candidato independente António Sampaio da Nóvoa.

Nas próximas eleições, o PS deu liberdade de voto. Como o Observador já escreveu, o partido divide-se entre apoios a Marcelo Rebelo de Sousa, Ana Gomes (que é militante do PS) e até João Ferreira.

Presidenciais. PS divide-se entre apoios a Marcelo, Ana Gomes e até João Ferreira. Quem apoia quem?