A candidata presidencial Ana Gomes mostrou-se esta quarta-feira “confiante” de que o plano de reestruturação da TAP do Governo procurará uma solução que “preserve” e não afete a “capacidade estratégica” da companhia aérea portuguesa.

“A TAP é uma empresa estratégica para o desenvolvimento do país que não deveremos deixar cair, mas estou confiante de que o ministro Pedro Nuno Santos [ministro das Infraestruturas] que vai hoje [esta quarta-feira] apresentar o plano, ponderou todos os elementos e procurará a solução que preserve a TAP”, afirmou Ana Gomes.

Em declarações aos jornalistas, à margem de uma sessão de cumprimentos na Câmara Municipal do Porto, a candidata presidencial disse esperar que a companhia aérea portuguesa se saiba desenvolver como “um hub internacional e aproveitar não apenas a centralidade de Lisboa, mas também a centralidade do Porto” por forma a criar uma “rede que sirva os interesses estratégicos do país”.

Questionada sobre os cortes de trabalhadores que estão previstos, a ex-eurodeputada socialista disse esperar que os mesmos “sejam reduzidos ao mínimo” e que “não afetem a capacidade estratégica da empresa”.

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O Governo reuniu-se em Conselho de Ministros extraordinário na terça-feira à noite para apreciar o plano de reestruturação da TAP.

A apresentação deste plano à Comissão Europeia até quinta-feira é uma exigência da Comissão Europeia, no quadro da concessão de um empréstimo do Estado de até 1.200 milhões de euros à TAP para fazer face às dificuldades da companhia decorrentes do impacto da pandemia de Covid-19 no setor da aviação.

De acordo com sindicatos, o plano prevê o despedimento de 500 pilotos e 750 trabalhadores de terra, assim como a redução de 25% dos seus salários.