A série de reportagens “Em silêncio“, do Observador, recebeu uma menção honrosa na 22.ª edição do Prémio AMI – Jornalismo Contra a Indiferença prémio. O prémio foi atribuído esta quinta-feira num evento que, devido à pandemia da Covid-19, decorreu em modo virtual através da plataforma Zoom.
O evento realiza-se no dia Internacional dos Direitos Humanos. Esta iniciativa acontece anualmente desde 1998. O “Prémio AMI – Jornalismo Contra a Indiferença” destina-se a destacar um trabalho jornalístico que, “pela sua excecional qualidade, represente um testemunho e uma contribuição válida para que a indiferença dos poderes de opinião pública não permitam cobrir com um manto de silêncio situações intoleráveis, do ponto de vista humano, social, económico ou outro, em qualquer parte do mundo”, como se lê no regulamento.
A sessão de entrega do prémio foi presidida pelo presidente da AMI, Fernando Nobre, e contou com a participação do júri deste ano, nomeadamente a jornalista Miriam Alves, vencedora do ano anterior, a médica e ativista humanitária Ana Paula Cruz, e a Administradora e Diretora do Departamento Internacional da AMI, Tânia Barbosa.
As cinco reportagens da série “Em silêncio”, sobre o problema dos abusos sexuais na Igreja Católica em Portugal, foram publicadas entre 10 e 15 de fevereiro de 2019. O Observador viria a publicar, depois, mais um conjunto de artigos sobre este tema com base em denúncias que chegaram à redação na sequência daquelas reportagens.
Em maio deste ano, a sério “Em silêncio” foi também galardoada com o prémio “Melhor Artigo de Serviço Público” dos Prémios Sapo 2020.
As reportagens do Observador receberam uma das cinco menções honrosas atribuídas pela AMI este ano. Esta é a lista completa dos vencedores:
Primeiro prémio ex-aequo:
- “O Lugar onde nem eu nem tu queremos viver“, Expresso
- “Entregues à sorte“, SIC
Menções honrosas:
- “Os refugiados na hora, difícil, da chegada“; “Refugiados: O lado lunar da integração” e “O refúgio é um lugar incerto“, Expresso
- “Em silêncio“, Observador
- “Forbidden Stories. Morte no lago“, Expresso
- “Rohingya, um povo sem pátria“, TVI
- “Yazidis: o genocídio esquecido“, Fumaça
Pode ler aqui as cinco reportagens da série “Em silêncio”:
- Padre foi denunciado duas vezes, mas só à terceira a Igreja agiu. Agora, desapareceu
- Ministério Público pensou acusar a hierarquia da Igreja por não ter denunciado padre
- Abusos sexuais. Em Vila Real, a Igreja foi mais dura com o padre do que o tribunal
- Governo ignorou denúncia contra padre do Fundão quatro anos antes da investigação da PJ
- Abusos sexuais. Igreja portuguesa escondeu pelo menos três casos nos últimos 15 anos
Pode também conhecer neste vídeo os bastidores do trabalho jornalístico, feito durante vários meses por uma equipa de dez pessoas.