A Fundação Mário Soares e Maria Barroso apresenta esta quinta-feira o seu plano estratégico até 2025, durante uma cerimónia em que será evocado o 96.º aniversário do nascimento do antigo Presidente da República e fundador do PS.

Esta sessão em que se assinalará o 96.º aniversário de Mário Soares está prevista para as 18h00, nas instalações da fundação, em Lisboa, e terá limite de lotação por causa da epidemia de Covid-19, podendo ser acompanhada via streaming.

Esta iniciativa marca a apresentação da Fundação Mário Soares e Maria Barroso e da sua estratégia para 2021-2025. A Fundação Mário Soares e Maria Barroso dá início a um novo ciclo da sua história, renovando o compromisso e a missão de promover uma cultura cívica e democrática inspirada na vida e nos legados de Mário Soares e de Maria de Jesus Barroso e de preservar e divulgar a memória histórica e a herança cultural de Portugal Contemporâneo”.

Esta fundação, que desde agosto passou também a ter o nome da mulher do antigo Presidente da República, Maria de Jesus Barroso, tem como presidente do Conselho de Administração Isabel Soares, diretora do Colégio Moderno, em Lisboa.

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Neste órgão de administração, que tomou posse em 25 de novembro, estão ainda mais quatro elementos: Carlos Monjardino (vice-presidente), Mário Barroso Soares, Nuno Severiano Teixeira e Fernanda Rollo. O Conselho Geral da Fundação é presidido pelo advogado Vasco Vieira de Almeida.

Na cerimónia, será entregue o Prémio Fundação Mário Soares – Fundação EDP 2020, atribuído ao trabalho “Não sei se canto se rezo: ambivalências culturais e religiosas do fado (1926-1945)”, da autoria de Cátia Sofia Ferreira Tuna. Serão também atribuídas menções honrosas aos trabalhos de Ana Filipa dos Santos Guardião e de Raquel Afonso Louro.

Além deste prémio, vai ser inaugurada da exposição “Mário Soares: A Europa Connosco”, dedicada ao pensamento de Mário Soares sobre a Europa e à ação que desempenhou na sua promoção e no processo de integração de Portugal nas Comunidades Europeias.

De acordo com o comunicado da fundação, a exposição surge no ano em que se assinalam os 35 anos de adesão de Portugal às Comunidades Europeias e estará aberta ao público até junho de 2021, acompanhando o programa da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.

Em relação ao plano estratégico até 2025, Fernando Rollo, ex-secretária de Estado, historiadora e membro do Conselho de Administração da fundação disse à agência Lusa que “terá três eixos fundamentais de atividade: A questão do Portugal contemporâneo, uma missão sempre muito frisada por Mário Soares; a continuidade da matriz de reflexão estratégica, através da promoção da cultura cívica e democrática; e uma atenção agora maior na questão do humanismo por inspiração direta de Maria de Jesus Barroso”.

Em 2024, aproximam-se o centenário do nascimento de Mário Soares e o cinquentenário do 25 de Abril de 1974. E manteremos uma missão de contribuir para a promoção do debate público e para a definição de políticas públicas”.

Além da vertente ligada ao debate público, a ex-secretária de Estado do Ensino Superior destacou também o papel de Mário Soares, “com a contribuição importante do professor Mário Ruivo”, para a criação da Comissão Munidas dos Oceanos.

Daremos prioridade a este tópico relacionado com a governação global e democrática dos oceanos, a par da componente sobre a política europeia”.