O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, José Ornelas, apelou esta quarta-feira para a participação dos portugueses nas eleições presidenciais de 24 de janeiro, salientando tratar-se de uma “questão de cidadania” em que todos devem estar empenhados.

É o que a Igreja católica diz sempre, é apelar à participação de todos em consciência e em liberdade de escolherem aqueles que julgam que devem dirigir os destinos da nação e isso é uma questão de cidadania que a todos nos deve ter empenhados”, afirmou à agência Lusa José Ornelas, também bispo de Setúbal.

Segundo José Ornelas, quanto à escolha do candidato, “cada um, na visão que tem das coisas e da sua consciência, fará o seu voto”. Questionado sobre se está preocupado com o eventual aumento da abstenção devido à pandemia de Covid-19, o bispo declarou: “Penso que estamos todos bem já rodados na capacidade de organizar coisas com segurança, para que os atos importantes não deixem de se realizar”.

Com o anúncio, na segunda-feira, do atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de que irá recandidatar-se a um segundo mandato, são já nove os pré-candidatos às eleições marcadas para 24 de janeiro.

Apesar das manifestações de vontade, as candidaturas a Presidente da República só são válidas depois de formalmente aceites pelo Tribunal Constitucional, e após a apresentação e verificação de um mínimo de 7.500 e um máximo de 15.000 assinaturas de cidadãos eleitores, que terão de ser entregues até à véspera de Natal, 30 dias antes das eleições.

Há cinco anos, o Tribunal Constitucional admitiu as 10 candidaturas formalizadas às eleições presidenciais de 2016, o que constituiu um número recorde.

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