O ministro do Ambiente garantiu esta quarta-feira que conhece “bem” o relatório da metro do Porto que contempla 11 eixos traduzidos em sete novas linhas, apontando para um “projeto para 10 anos, que em 10 anos estará concretizado”.

“Já conheço o estudo e conheço-o bem”, disse João Pedro Matos Fernandes à margem da assinatura de um protocolo entre a tutela e o CEiiA, em Matosinhos, quando confrontado pelos jornalistas com o facto de estar agendada para esta quarta-feira a entrega do relatório final da expansão da Metro do Porto, numa cerimónia entretanto cancelada.

O ministro do Ambiente e Transição Energética disse que as duas linhas incluídas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vão estar concluídas antes do final de 2025, referindo-se ao corredor de metrobus para a zona ocidental da cidade do Porto e a chamada segunda linha de Vila Nova de Gaia (Santo Ovídio-Devesas-Campo Alegre).

“Muitas outras entrarão em obra antes desse ano. Não tenho a mínima dúvida. Mas este é um projeto para 10 anos que em 10 anos estará concretizado”, disse o governante.

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Em causa está o relatório final sobre as novas linhas de metro, que contempla 11 eixos de metro que se refletem em sete novas linhas.

Sobre o corredor para a zona ocidental da cidade do Porto, Matos Fernandes considerou esta quarta-feira que “é simples de construir” até porque “não tem avaliação de impacto ambiental”, apontando como data do concurso 2021.

Já sobre a nova linha para Gaia, com uma nova ponte sobre o Douro, recordou que o concurso de ideias será lançado em fevereiro e salvaguardou que esta empreitada exige um estudo de impacto.

“A ponte é o elemento chave e mais complexo — entre uma ponte Eiffel [referindo-se à Luís I] e a do Edgar Cardoso [ponte da Arrábida]. Não pode ser uma ponte qualquer. Tem de ser uma ponte que enobreça a frente de rio e as cidades do Porto e de Gaia — mas quero acreditar que há condições para lançar também o concurso para a obra da nova linha para as Devesas”, disse Matos Fernandes.

Este estudo inclui linhas para concelhos como Maia e Gondomar, bem como a solução por um corredor de metrobus até à Trofa, um projeto que Matoso Fernandes disse que “será concretizado ao longo da próxima década”.

“Objetivamente, depois de uma injustiça que foi cometida, não havia procura que justificasse a linha de metro portanto não nos podiam pedir a nós que fizéssemos uma linha de metro onde não há passageiros que a justifiquem, mas justificasse um BRT [metrobus], um sistema em corredor próprio com autocarros elétricos”, disse, frisando que “a escolha das linhas é da Área Metropolitana do Porto”.