A CGTP termina esta sexta-feira uma semana de luta, depois de ter realizado centenas de ações em todo o país em defesa de melhores salários, emprego e respeito pelos direitos laborais, em que participaram milhares de trabalhadores.

“A realização de centenas de ações de luta por todo o país, com a participação de muitos milhares de trabalhadores dos mais variados setores, foi prova de que foi completamente justo termos convocado esta semana de luta para chamar a atenção para as reivindicações dos trabalhadores, que têm problemas gravíssimos, e merecem resposta”, disse a secretária-geral da CGTP-IN, à agência Lusa.

Isabel Camarinha participou esta sexta-feira na manifestação distrital, do Campo Pequeno para o Ministério do Trabalho, em Lisboa, depois de, durante a manhã, ter-se juntado à luta trabalhadores da Generali, também em Lisboa, contra o despedimento coletivo.

Ao longo da semana Isabel Camarinha desdobrou-se em contactos com trabalhadores e participou em dezenas de ações em vários pontos do país, entre os quais concentrações dos trabalhadores da hotelaria e restauração, das limpezas e vigilância, plenários e greves em empresas industriais, contactos com trabalhadores dos super e hipermercados.

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As estruturas sindicais da Intersindical, a nível distrital e setorial, fizeram convergir para esta semana todos os motivos de indignação dos trabalhadores, pelos quais estão disponíveis para continuar a lutar, nomeadamente contra a precariedade, os despedimentos coletivos, a desregulação dos horários de trabalho.

Foram concretizadas centenas de iniciativas, a nível nacional, regional e local, para travar despedimentos coletivos, desregulação de horários de trabalho e defender cadernos reivindicativos e aumentos salariais. Esta luta vem na sequência de muitas lutas concretizadas nos últimos meses e continuará até serem obtidas respostas às reivindicações e problemas dos trabalhadores”, disse a sindicalista.

Isabel Camarinha salientou que a pandemia da Covid-19 aumentou as desigualdades sociais e agravou o modelo de baixos salários e precariedade laboral e reafirmou a necessidade de aumentos salariais generalizados e a manutenção dos postos de trabalho.

Só com a resposta aos problemas dos trabalhadores e dos pensionistas será possível o desenvolvimento do país, por isso foi muito importante termos avançado com a esta semana de luta, porque é necessário que o Governo e as empresas alterem as sua opções e não deixem os trabalhadores tão desprotegidos”, considerou.

A semana de “Ação e Luta em todos os setores” teve como lema “Proteger os trabalhadores! Aumentar salários! Garantir direitos!” e defende “emprego com direitos, contratação coletiva, 35 horas, reforço dos serviços públicos”.

O aumento dos salários em 90 euros para todos os trabalhadores, o aumento das pensões, a fixação do salário mínimo nacional nos 850 euros a curto prazo, o combate à precariedade, a valorização das carreiras e profissões, a exigência do cumprimento e da reposição de direitos, a revogação das normas gravosas da legislação laboral, a reposição da idade legal de reforma nos 65 anos, são as principais reivindicações da CGTP, reafirmadas ao longo desta semana de protestos.