Confrontos entre apoiantes do Presidente norte-americano Donald Trump que se misturaram este domingo nas manifestações dos seus opositores, em Washington, e a polícia, resultaram em cerca de 30 detidos e quatro feridos com arma branca, segundo as autoridades.

A polícia registou quatro feridos por esfaqueamento numa luta de rua, e ainda oito polícias feridos nas manifestações.

Entre os 30 detidos estava um suspeito de 29 anos, identificado por ataque com arma branca.

As detenções foram feitas com base em várias ofensas, desde ataques com armas brancas ou apenas posse de arma, resistência às autoridades ou tumultos que começaram ao fim da tarde.

A maioria dos leais a Trump manifestava-se sem máscara anti-Covid-19, dois dias antes do Colégio Eleitoral se reunir para eleger formalmente o democrata Joe Biden a 46.º Presidente dos Estados Unidos da América.

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Trump, cujo mandato presidencial termina a 20 de janeiro de 2021, tem-se recusado a conceder o cargo, alegando fraude eleitoral, mas as queixas têm sido rejeitadas em vários tribunais estaduais e federais, e na sexta-feira pelo Supremo Tribunal norte-americano.

No mês passado, demonstrações de rua reuniram entre 10 mil e 15 mil pessoas na capital também acabaram em confrontos entre os aliados de Trump e ativistas locais, razão pela qual a polícia reforçou hoje medidas para separar os grupos, fechando a praça Black Lives Mater, perto da Casa Branca.

Milhares de bonés vermelhos com o ‘slogan’ “Tornar a América Grande Outra Vez” desfilaram pela capital norte-americana, mostrando-se convencidos de que o Presidente vai conseguir anular a vitória de Biden e cumprir um segundo mandato na Casa Branca.

Donald Trump não escondeu o contentamento com a realização destas manifestações numa zona da capital próxima da Casa Branca.

“Uau! Milhares de pessoas estão a reunir-se em Washington, para evitar que a eleição nos seja roubada”, escreveu sábado o Presidente na sua conta pessoal da rede social Twitter.