Um grupo de cientistas está a tentar perceber de que forma os adeptos podem propagar o novo coronavírus, através de aerossóis, num estádio de futebol. Para isso, segundo a Reuters, está a usar equipamentos que espalham pelo ar partículas, que se assemelham a saliva, nas bancadas vazias da Johan Cruijff Arena, o estádio onde joga ao Ajax, em Amesterdão (Países Baixos).

“Praticamente não há informação na literatura científica sobre o comportamento dos aerossóis neste ambiente”, sublinha Bert Blocken, que lidera o grupo de cientistas da Universidade de Tecnologia de Eindhoven.

É precisamente isso que os cientistas esperam: ficar perceber de que forma se comportam os aerossóis, que podem ser um veículo para a transmissão do novo coronavírus, para conseguirem retirá-los do ar e assim permitir o regresso das pessoas aos estádios e às salas de concertos.

Isto porque apesar de já se saber que existe transmissão do vírus através de aerossóis — o próprio Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano confirmou essa informação em inícios de outubro —, não se sabe até que ponto isso acontece.

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Um erro, a correção e a confirmação: coronavírus transmite-se mesmo por aerossóis emitidos durante a respiração

A redução da concentração de aerossóis no ar, explicou ainda Blocken, pode ser feita através de “tecnologias de purificação do ar”.

Apesar de os testes estarem a ser feitos há várias semanas em bancadas vazias da Johan Cruijff Arena, os cientistas esperam vir a conseguir uma autorização os aplicarem em 730 adeptos sentados próximos uns dos outros.