Maior produtor e exportador mundial de café, o Brasil prevê uma produção histórica de 63,08 milhões de sacas de 60 quilos este ano, aumento de 27,9% em relação a 2019, informou esta sexta-feira a Companhia Nacional de Abastecimento.

A produção é 2,3% superior à última safra recorde registada no Brasil, em 2018, frisou a companhia brasileira no seu último relatório mensal do ano. O desempenho deste ano deve-se principalmente ao ciclo agronómico bienal positivo da variedade arábica, que atualmente representa 77% do café produzido no Brasil. Os cafeeiros arábicos seguem um ciclo vegetativo que alterna um ano de ótima floração e melhor produtividade, com um ano de menor floração.

A expectativa é de que o Brasil produza este ano 48,77 milhões de sacas dessa variedade, resultado 42,2% maior do que no ano passado e 2,7% maior do que o registado de 2018. Investimentos em tecnologias e máquinas, assim como as condições climáticas “favoráveis” também contribuíram para esse aumento da produção, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento.

Em relação ao café robusta, a produção brasileira deve chegar a 14,31 milhões de sacas, dado que indica uma queda de 4,7% face o ano passado.

O estado do Espírito Santo, responsável por cerca de 64% da produção nacional desta variedade, teve uma safra 12,4% menor neste ano devido às “condições climáticas desfavoráveis” em algumas áreas “durante a fase de floração “plantas, sublinha o órgão público.

O Brasil também aumentou suas exportações de café. Entre julho e novembro, foram exportadas 19,8 milhões de sacas, 15% a mais que no mesmo período de 2019. Após a desvalorização do real, o café brasileiro está “ainda mais competitivo no mercado internacional e as vendas antecipadas se aceleraram”, explicou a Companhia Nacional de Abastecimento.

Em novembro, 74% da safra atual já havia sido comercializada, face a 71% da safra passada na mesma época.

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