O Governo da Madeira considera que a partir do segundo semestre de 2021 os vários setores económicos vão poder começar a “consolidar uma curva ascendente de retoma económica”, afirmou esta sexta-feira o vice-presidente do executivo.

Perspetivamos que, a partir do segundo semestre do próximo ano, o turismo e outros setores a ele associados comecem a consolidar uma curva ascendente de retoma económica”, declarou Pedro Calado, na intervenção de encerramento do Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2021 na Assembleia Legislativa do arquipélago, no Funchal.

O governante complementou que para este cenário são “determinantes” os apoios que o executivo insular tem vindo a implementar ao longo deste ano para combater os efeitos da pandemia da Covid-19. Pedro Calado disse que estas ajudas “vão ser reforçadas em 2021 e irão ajudar as empresas e as famílias a encararem esta nova etapa de uma forma mais robusta”.

O vice-presidente do executivo de coligação PSD/CDS sublinhou que a região tem “atravessado muitas incertezas e terá ainda mais pela frente”, e tem enfrentado “muitas dúvidas e dificuldades”.

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Mas estou convencido de que, com a vacinação em massa e à escala mundial — que, entretanto, já se iniciou, vamos rapidamente poder retomar o nosso rumo de desenvolvimento e de acréscimo económico que vínhamos a registar até ao início da pandemia”, enfatizou.

Pedro Calado realçou que, “neste momento, as campanhas de vacinação já começaram em vários países, alguns dos quais constituem importantes mercados emissores de turismo para a região”, nomeadamente Reino Unido e Alemanha, o que permite ter “algum otimismo quanto ao futuro”.

O vice-presidente insistiu que o Orçamento Regional para 2021 é “sério, realista, de rigor, ambicioso e apontado para o futuro”, tendo em conta a atual conjuntura. Este é “o maior orçamento apresentado pela Madeira, com um valor de 2.033 ME [mais 290 milhões que em 2020], um reforço de 17%”, recordou, considerando que “a região fica agora mais bem preparada para enfrentar os desafios com que se confronta”.

O governante reafirmou que os objetivos do Governo Regional neste orçamento “conciliam a recuperação do crescimento sustentado com o combate ao desemprego e o reforço dos setores sociais, da saúde, da educação, do turismo, da educação”.

“Das bancadas da oposição vieram muito poucas alternativas coerentes. Quase sempre críticas às propostas apresentadas pelo Governo Regional”, com alguns a “alimentar e a fazer ataques pessoais”, estando “preocupados com as ameaças políticas e jogos baixos”, enfatizou.

Calado adiantou que, “durante o debate, a oposição optou por disparar números descontextualizados, ignorando sistematicamente o período de pandemia” desde março.

As críticas do governante foram sobretudo para a bancada do PS, a maior da oposição no parlamento da Madeira, com 19 elementos, considerando que “se assistiu a um partido vazio desesperado, sem credibilidade, populista, demagogo, dividido, especialista na arte da imagem, desnorteado politicamente e cheio de contradições”.

“O PS Madeira é o partido das contradições”, além de estar “amordaçado, acorrentado, espezinhado e submisso a um Terreiro do Paço, frio, distante e separatista em relação à Madeira” e que defende os seus interesses para “alimentar lugares políticos, em troca da dependência do povo madeirense às ordens de Lisboa”, mencionou.

Concluiu que o Governo Regional vai “manter a determinação, abnegação e resiliência para 2021 e para os anos subsequentes”, porque “não pode falhar, nem comprometer o futuro” da região.