As melhores baterias recarregáveis do mercado para automóveis eléctricos são as denominadas de iões de lítio. Apesar do termo, o material de que necessitam em maior quantidade é o níquel e o que representa o custo mais elevado é o cobalto. Mas a realidade é que, sem lítio, nada funcionaria. É com este tipo de química que é possível atingir densidades na ordem dos 260 Wh/kg, a densidade das células 2170 usadas nos Model 3 e Y da Tesla.

Todos os fabricantes de baterias, bem como construtores de automóveis focados na optimização dos veículos eléctricos – muitas vezes associados a especialistas de universidades –, trabalham afincadamente para encontrar uma alternativa que seja capaz de armazenar mais energia e que, simultaneamente, seja mais barata e menos poluente em termos de recolha de materiais.

De acordo com a Universidade de Ciências de Tóquio, investigadores locais acreditam ter dado um passo importante em direcção à próxima geração de baterias, que trocam os iões de lítio por iões de sódio, de forma a garantir uma maior densidade energética. Além da maior autonomia que este tipo de baterias irá assegurar, o sódio – o 6º elemento mais abundante no planeta – será igualmente mais fácil de obter, sem necessidade de ser extraído da terra de forma dispendiosa ou poluente, ou não fosse ele um constituinte do sal (cloreto de sódio) que usamos todos os dias.

Sempre segundo a universidade nipónica, juntando à nova tecnologia óxido de magnésio, para conseguir um novo tipo de carbono para produzir ânodos, é possível atingir capacidades na ordem das 478 mA/g. A necessidade deste novo tipo de carbono, denominado “hard carbon”, deve-se ao facto de a grafite não permitir trabalhar directamente com o sódio.

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