O Presidente da Eletricidade de Moçambique (EDM) disse esta sexta-feira que o país precisa de seis mil milhões de dólares (cinco mil milhões de euros) para assegurar que todos os moçambicanos tenham acesso à energia elétrica até 2030, qualificando a meta como “um desafio grande”.
Marcelino Gildo apontou os recursos que o país deve mobilizar para garantir o acesso universal à energia elétrica, em declarações aos jornalistas, à margem da inauguração do projeto de eletrificação do Posto Administrativo de Meponda, a mais de dois mil quilómetros de Maputo.
“É um desafio grande, mas nós acreditamos que vamos cumprir”, salientou Marcelino Gildo.
No âmbito dos esforços visando a promoção do acesso universal à energia elétrica, a EDM já mobilizou 250 milhões de dólares ( 204 milhões de euros) para os programas de eletrificação da fase que vai decorrer entre 2021 e 2022 e está agora empenhada em juntar mil milhões de dólares (817 milhões de euros ) para a fase subsequente.
Marcelino Gildo salientou que todas as 154 sedes distritais e 135 dos 416 postos administrativos existentes no país já têm acesso à energia elétrica.
Falando na cerimónia de inauguração do projeto de eletrificação do Posto Administrativo de Meponda, o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, disse que mais dez milhões de consumidores terão acesso à energia elétrica no país nos próximos quatro anos, dando um passo rumo ao acesso universal a este recurso.
“Vamos assegurar que mais dez milhões de moçambicanos tenham acesso a energia elétrica nos próximos quatro anos”, declarou Filipe Nyusi, falando no distrito de Lichinga, província de Niassa, norte de Moçambique.
Nyusi avançou que apenas 34% dos cerca de 30 milhões de moçambicanos é que têm acesso a luz elétrica, devendo essa cifra subir para 64% até 2024.
“A este ritmo, estaremos em condições de manter os progressos necessários rumo ao Programa Nacional de Energia para Todos”, frisou o Presidente moçambicano.