Este é um projeto que assenta em quatro pilares essenciais:

A terra

Estamos na sub-região da Vidigueira, junto à fronteira entre o Alto e o Baixo Alentejo. A produção de vinho é costume antigo por estas bandas: tão antigo que o nome Vidigueira – reza a lenda – poderá ter origem em videira, tal como o da vizinha, Cuba virá das cubas onde se guardava o néctar. E apesar das agruras da história, como a ordem do Marquês de Pombal para se arrancarem as vinhas da região, a célebre praga de filoxera ou a fixação de Salazar em aproveitar os solos do Alentejo unicamente para a produção de cereal, a Vidigueira nunca deixou de ser terra de boas uvas. A culpa, segundo consta, é dos solos xistosos e de uma posição geográfica privilegiada, cujo microclima favorável é cortesia da encosta da serra do Mendro. Hoje, felizmente, podemos comprová-lo no copo.

As vinhas

A principal vinha da Quinta do Paral fica na propriedade homónima, que pertenceu ao Visconde da Esperança e à Condessa de Santar. É nesses terrenos que, em meados de 2022, irá abrir portas um boutique hotel com cerca de 20 quartos e um restaurante focado na gastronomia regional. Aí concentram-se sobretudo castas mais clássicas, muitas delas internacionais (Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Vermentino, entre outras) – o antigo proprietário trazia das suas viagens as que mais lhe agradavam. Mas é nos arredores da Vidigueira e Vila de Frades que está a alma do projeto: a Quinta do Paral é proprietária de 13 dos 23 hectares de vinhas velhas desta sub-região, com uvas tipicamente alentejanas, cheias de complexidade e carácter, como Perrum, Antão Vaz ou Tinta Grossa.

As pessoas

A nova vida da Quinta do Paral deve-se à visão e vontade de Dieter Morszeck. Apaixonado não só por vinho mas também por aviões, Morszeck quer aproveitar a proximidade entre a Quinta do Paral e o aeroporto de Beja para criar uma ponte aérea destinada a todos os que procuram uma experiência única com os melhores vinhos da região. E é aí que entra Luís Morgado Leão, enólogo da quinta e grande conhecedor dos vinhos da Vidigueira. Não só foi ele quem ajudou no redesenho da quinta, como tudo o que é colhido e engarrafado é responsabilidade sua. Isso inclui, claro, os vinhos que já existem e outros que hão de vir, fruto de experiências atualmente em curso.

Os vinhos

Atualmente, a Quinta do Paral produz quatro gamas distintas de vinhos que se dirigem, também eles, a consumidores com exigências e perfis distintos. A colheita Branco, Tinto e Rosé é composta por vinhos mais clássicos, ideais para abertura e desfrute imediato. Os vinhos Colheita Selecionada, branco e tinto, têm a identidade da região bem cravada nos seus aromas complexos. Os Reserva são vinhos de perfil mais internacional, com excelente potencial de envelhecimento, em que é possível comprovar como grandes castas se comportam no terroir da Vidigueira. Finalmente os Vinhas Velhas, branco e tinto, são, como já se referiu, alma do projeto Quinta do Paral, complexos e requintados sem perderem a tradicional raça dos vinhos alentejanos.

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