O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte acusou esta sexta-feira a concessionária de cantinas e refeitórios Eurest de despedir mais de 200 trabalhadores no Porto, Gondomar, Valongo e Trofa.

Tal como o sindicato previa, os trabalhadores receberam a carta de despedimento na véspera do encerramento das escolas para férias de Natal”, referiu a estrutura sindical, em comunicado.

O sindicato explicou que a Eurest contratou, através de empresas de trabalho temporário, mais de 200 trabalhadores para as cantinas escolares dos municípios do Porto, Gondomar, Valongo e Trofa, distrito do Porto. Esses trabalhadores foram “obrigados” a assinar contratos a termo incerto e, agora, foram todos despedidos, sublinhou.

O sindicato e os trabalhadores reclamaram destes contratos, mas a empresa manteve a sua posição ameaçando não contratar quem recusasse assinar, pelo que os trabalhadores acabaram por os assinar “contra a sua vontade”, adiantou.

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Estes contratos são ilegais pois, se o motivo que lhes deu origem é o contrato de prestação de serviços de refeições para o ano letivo, o contrato também deveria ser para todo o ano letivo e não a termo incerto ou para o 1.º período”, reforçou.

Na nota, o sindicato revelou ter solicitado à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), mas esta não interveio. Segundo esta estrutura sindical, a Eurest deve férias e subsídio de férias aos trabalhadores efetivos que transitaram da anterior concessionária, assim como a compensação por caducidade aos trabalhadores a termo despedidos no final do ano letivo anterior.

Entretanto, o sindicato disse ter requerido uma reunião urgente ao Ministério do Trabalho com a Eurest, agendada para 22 de dezembro, mas esta manifestou-se indisponível para reunir antes de janeiro de 2021.