776kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Um Big Mc(Tominay), a receita eficaz para uma Consoada feliz em Old Trafford

Este artigo tem mais de 3 anos

Num jogo com oito (!) golos, o Manchester United goleou o Leeds (6-2) e subiu ao 3.º lugar da Premier League. Bruno Fernandes bisou mas os dois golos de McTominay é que fizeram história em Inglaterra.

Manchester United v Leeds United - Premier League
i

O medio escocês marcou os dois primeiros golos do jogo logo nos três minutos iniciais

Manchester United via Getty Imag

O medio escocês marcou os dois primeiros golos do jogo logo nos três minutos iniciais

Manchester United via Getty Imag

Solskjaer jogou no Manchester United durante 11 anos, desde 1996 a 2007. Foi treinado por Alex Ferguson em cada uma dessas épocas, já que o técnico escocês tinha chegado a Old Trafford dez anos antes do norueguês e só deixou Old Trafford seis anos depois do norueguês. Ainda assim, durante a década em que coexistiram no clube, Solskjaer e Ferguson partilharam duas designações que, embora díspares entre si, não deixavam de se complementar.

O avançado norueguês, que assumiu o comando da equipa há dois anos e depois do despedimento de José Mourinho, era normalmente apelidado de super sub, super substituto, pela quantidade assinalável de golos decisivos que marcava a partir do banco de suplentes, já que não era um titular absoluto dos red devils. Por outro lado, e praticamente desde que tinha chegado ao Manchester United, Ferguson tinha cunhado o tempo de descontos de cada jogo como o Fergie Time, pela quantidade assinalável de partidas que ganhava com golos marcados já nos últimos instantes — tempo de descontos esse que, muitas vezes, era polemicamente arrastado. Ora, muitos dos golos que Solskjaer marcou a partir do banco foram durante o Fergie Time; muitos dos jogos que Ferguson ganhou durante o Fergie Time foram com golos de Solskjaer a partir do banco.

Alex Ferguson deixou o Manchester United há já sete anos, abrindo um vácuo que ainda não foi efetivamente preenchido, mas nunca parou de acompanhar a equipa de perto. Já Solskjaer, que assumiu então o comando da equipa principal há dois anos, tem resistido a jogos menos conseguidos, a exibições fracas e ao falhanço de objetivos, como foi o caso do apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões. Contudo, na presente temporada, o treinador norueguês tem assumido uma espécie de hábito no clube que pode muito bem ser equiparada aos golos que marcava depois de saltar do banco ou ao Fergie Time.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Isto porque, em seis jogos fora de casa para a Premier League esta temporada, o Manchester United conseguiu vencer todos em formato reviravolta. Tudo começou contra o Brighton e continuou ao longo dos confrontos com o Newcastle, o Everton, o Southampton, o West Ham e o Sheffield United. Mais do que todos os pontos que essas vitórias garantiram, as reviravoltas da equipa de Solskjaer davam mostras que algo que tem faltado ao Manchester United nos últimos anos: a capacidade de ir atrás do resultado, de não ficar automaticamente anulada com uma desvantagem inicial e de procurar tudo aquilo que ainda é possível alcançar. E essa é uma capacidade que, normalmente, abunda nas equipas que conseguem chegar aos títulos.

Ora, este domingo e apenas três dias depois de ter ido ganhar a Sheffield, o Manchester United recebia o Leeds em Old Trafford — num jogo que tinha tudo para ser complexo. Logo à partida, porque o Leeds causou muitos problemas ao Liverpool na jornada inicial e forçou o Manchester City a um empate. Depois, porque o Leeds vinha de uma goleada convincente por 5-2 ao Newcastle. E depois, porque Solskjaer teria de balançar as escolhas que fazia tendo em conta que a próxima quarta-feira é já dia de quartos de final da Taça, com o Everton, e a Premier League regressa logo no sábado, contra o Leicester. Assim, o técnico optou por deixar Pogba, Matic e Alex Telles no banco, lançando Luke Shaw, McTominay e Daniel James no onze. Do outro lado, com o português Hélder Costa na condição de suplente, Marcelo Bielsa dava a titularidade ao ex-Benfica Rodrigo e ao ex-Sporting Raphinha.

Ao contrário do que seria de esperar, porém, foi o Manchester United a agarrar o jogo logo de início — precisamente aquilo que costuma ser feito pelos adversários dos red devils e que os obriga a partir de trás para ir atrás dos resultados. Logo ao segundo minuto, Luke Shaw recuperou uma bola na esquerda, Bruno Fernandes conduziu e assistiu McTominay, que rematou de primeira em posição frontal e abriu o marcador (2′). Instantes depois, o mesmo McTominay veio de trás para receber uma assistência de Martial na sequência de um lançamento e atirou cruzado para aumentar a vantagem (3′). O médio escocês tornou-se assim o primeiro jogador na história da Premier League a marcar duas vezes nos primeiros três minutos de uma partida.

O total desnorte da defesa do Leeds nos instantes iniciais só não deu origem a mais golos no primeiro quarto de hora porque o Manchester United optou por tirar desde logo o pé do acelerador e dar mais bola ao adversário, passando a atuar quase sempre em formato de contra-ataque. A equipa de Bielsa não tinha capacidade para controlar a posse de bola e, apesar de a ter durante mais tempo porque o United o permitia, pouco ou nada conseguia fazer. À chegada aos 20 minutos, o Manchester United mostrou que poderia acelerar com eficácia sempre que quisesse e aumentou novamente a vantagem: Bruno Fernandes aproveitou um mau alívio da defesa do Leeds, quando Martial tinha a bola no interior da grande área, e apareceu vindo de trás para rematar cruzado (20′), chegando ao envolvimento em 28 golos ao longo de 27 jogos desde que se estreou na Premier League. Ainda antes do intervalo, os red devils voltaram a marcar, por intermédio de um desvio de Lindelof ao segundo poste depois de um canto (37′), e o Leeds conseguiu reduzir, com um cabeceamento de Liam Cooper após outro canto cobrado por Raphinha (42′).

No início da segunda parte — e depois de o Leeds ter sofrido quatro golos num primeiro tempo pela primeira vez na história –, Bielsa fez duas substituições, ao lançar Schackleton e Struijk, e o Leeds procurou desde logo o segundo logo que ainda poderia relançar o resultado. Raphinha esteve perto, com um remate que obrigou De Gea a uma defesa muito apertada (50′), e o Manchester United parecia estar a perder o controlo tranquilo da partida apesar da vantagem confortável. Ainda assim, os minutos foram passando e a janela de oportunidade do Leeds foi desaparecendo, até porque a entrada de Alex Telles para o lugar de Luke Shaw acabou por oferecer uma renovada frescura à defensiva da equipa. O conjunto de Bielsa não reduziu mais a desvantagem; o de Solskjaer aproveitou para a dilatar.

Daniel James marcou (66′), depois de McTominay aliar os dois golos a uma assistência, e Bruno Fernandes também bisou (70′), na conversão de uma grande penalidade que Martial sofreu. O médio português saiu logo de seguida e em conjunto com Rashford, para as entradas de Cavani e Van de Beek, e o Leeds ainda voltou a marcar por intermédio de Stuart Dallas (73′). O Manchester United goleou com estrondo o Leeds (6-2) e aproveitou a derrota do Tottenham com o Leicester para saltar para o terceiro lugar da Premier League, igualando o Everton e ficando a cinco pontos do líder Liverpool. A entrada brilhante de McTominay, que fez história em Inglaterra, acabou por ser o motor de um Manchester United que alcançou das melhores exibições da temporada e vai passar o Natal numa posição bastante confortável na tabela classificativa.

Assine a partir de 0,10€/ dia

Nesta Páscoa, torne-se assinante e poupe 42€.

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver oferta

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine a partir
de 0,10€ /dia

Nesta Páscoa, torne-se
assinante e poupe 42€.

Assinar agora