Só até ao final de abril de 2020, a Unidade de Informação Financeira (UIF) da Polícia Judiciária recebeu 3.117 alertas de transferências bancárias suspeitas — que deram origem à abertura de 90 inquéritos, que por sua vez culminaram na suspensão de transferências bancárias no total de 243 milhões de euros, um valor três vezes maior do que o congelado em todo o ano passado pela mesma unidade (73,3 milhões de euros, 225 inquéritos).

Os números são avançados pela edição desta segunda-feira do Jornal de Notícias (edição impressa), que explica que as transferências foram travadas por terem sido detetados indícios de ligações a crimes de fraude fiscal e burlas, mas também a criminalidade informática, tráfico de drogas e até financiamento de terrorismo. Só durante o mês de janeiro, foram paradas 28 transferências, no valor de 196 milhões de euros, mais 4,7 milhões de libras (5,2 milhões de euros).

Se em 2019 a UIF recebeu uma média semanal de 170 alertas para transferências suspeitas, só nos primeiros quatro meses deste ano foram 180 as comunicações — a diferença é que o valor apreendido subiu e muito. “Os criminosos tentam branquear os milhares de euros que gerem as atividades ilícitas, mas a malha apertou-se“, disse fonte da PJ àquele jornal. “Há mais controlo e mais fiscalização, que é obtida com critérios de análise mais finos e apurados.”

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