A Câmara Municipal de Lisboa aprovou esta segunda-feira por maioria a adjudicação da empreitada de construção dos túneis de drenagem entre Monsanto e Santa Apolónia e entre Chelas e o Beato, no valor de cerca de 133 milhões de euros. A proposta, que foi discutida na reunião privada do executivo camarário que decorreu esta manhã, foi aprovada com os votos favoráveis de PS, PSD, PCP e BE e a abstenção do CDS-PP.

As obras serão adjudicadas ao consórcio Mota-Engil, Engenharia e Construção S.A e SPIE Batignolles International e têm um prazo de execução de cerca de três anos.

A empreitada custará ao município 30 milhões de euros no próximo ano, 45 milhões em 2022, 55 milhões em 2023 e perto de 11 milhões em 2024, segundo a proposta subscrita pelo vice-presidente da autarquia, que é também responsável pelo pelouro das Obras, João Paulo Saraiva.

Depois de ter lançado um primeiro concurso público em 2017, que ficou deserto, a Câmara de Lisboa baixou o preço e lançou um segundo procedimento concursal em julho do ano passado, com um valor base de 140 milhões de euros. O início destas obras esteve inicialmente previsto para 2018.

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Em fevereiro de 2019, o coordenador do projeto, José Silva Ferreira, afirmou à Lusa que as obras dos túneis de drenagem, que visam evitar cheias na cidade, deviam começar no primeiro semestre de 2020, alertando para os transtornos que poderiam causar, especialmente na zona de Santa Apolónia.

O Plano Geral de Drenagem de Lisboa está enquadrado no Plano Plurianual de Investimentos (PPI) 2018-2021.

Inicialmente orçado num total de cerca de 180 milhões de euros, o plano de drenagem prevê a construção de dois túneis entre Santa Apolónia e Monsanto e entre Chelas e o Beato, bem como um coletor entre as avenidas de Berlim e Infante D. Henrique, entre outras infraestruturas.