O Jornal de Notícias dá conta que, segundo o Centro Europeu de Controlo de Doenças, o surto de legionella na região Norte foi o mais mortífero do país, ultrapassando o de Vila Franca de Xira em 2014. Ao Observador, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte confirmou que já foram contabilizados 14 óbitos na região de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim desde o dia 29 de outubro.

A ARS do Norte adianta ainda ao Observador que a origem do surto permanece desconhecida e que nos hospitais de Matosinhos, Porto e Vila do Conde/Póvoa de Varzim, que tinham recebido 89 doentes infetados, já ninguém se encontra internado devido a este surto.

A bactéria foi detetada nas torres de refrigeração do Centro de Distribuição da empresa de lacticínios Longa Vida, em Perafita, Matosinhos há mais de um mês. A empresa revelou na altura, em comunicado, que tinha “desligado preventivamente” o equipamento, a 11 de novembro, e garantiu não ter recebido “informação sobre a correlação entre a presença desta bactéria” nas torres de refrigeração e a origem do surto que atingiu o norte do país.

Legionella. ARS do Norte atribui “diminuição acentuada” de casos a torres de refrigeração suspensas em Matosinhos

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A 29 de novembro, a ARS do Norte atribuiu a “diminuição acentuada” de casos a torres de refrigeração suspensas em Matosinhos. “Desde que foi suspenso o funcionamento das referidas torres de refrigeração, verificou-se uma diminuição acentuada do número de casos de Doença dos Legionários, na referida área geográfica. Decorridos 14 dias, período de incubação da referida doença, não ocorreu nenhum novo caso de doença.”

No mesmo comunicado, a ARS do Norte revelava ser possível que surgissem novos casos. “Tendo em conta que a Legionella é uma bactéria ubíqua, é expectável que surjam novos casos, não associáveis a este cluster.”

O Ministério Público determinou a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto.

Governo diz que origem de surto de legionela será identificada “no tempo próprio”

O secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, afirmou esta terça-feira, em Guimarães, que a identificação da origem de um surto de legionela que atingiu o Norte do país e provocou 14 mortos será feita “no seu tempo próprio”.

“Esse trabalho está em curso, todas as entidades e autoridades estão a trabalhar para identificar o surto (…). A identificação do local será certamente feita no seu tempo próprio”, referiu.