Um total de 641 profissionais de saúde abandonaram o seus postos de trabalho devido à violência armada em distritos da província de Cabo Delgado, no Norte de Moçambique, informou o ministro da Saúde.

Os profissionais de saúde “perderam tudo e estão refugiados em zonas consideradas seguras”, havendo 41 unidades hospitalares encerradas, das quais 27 estão destruídas, segundo Armindo Tiago, citado esta terça-feira 22 de dezembro, pela Televisão de Moçambique.

A situação criou uma segunda preocupação para o setor da saúde, além da Covid-19, lamentou o ministro, durante um encontro com parceiros de cooperação, que visava abordar estratégias para área.

A violência armada em Cabo Delgado, onde se desenvolve o maior investimento multinacional privado de África, para a exploração de gás natural, está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil deslocados, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.

Algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo “jihadista” Estado Islâmico desde 2019.

A Organização das Nações Unidas anunciou na sexta-feira (18) que precisava de 254 milhões de dólares (207 milhões de euros) para garantir a assistência humanitária às populações deslocadas devido a violência armada em Cabo Delgado.

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