A Suécia disponibilizou três milhões de euros para apoiar a assistência às populações deslocadas devido à violência armada em Cabo Delgado, norte de Moçambique, anunciou esta quarta-feira o Programa Alimentar Mundial (PAM).

“Graças ao apoio do governo da Suécia, o PAM ajudará a reduzir a insegurança alimentar para pelo menos 95.300 pessoas deslocadas internamente durante seis meses no norte de Moçambique”, refere o comunicado do PAM, uma das agências das Nações Unidas que tem estado a coordenar o apoio às populações em Cabo Delgado.

Segundo o PAM, o apoio da Suécia vai servir também para apoiar o Serviço Aéreo Humanitário da ONU, administrado pela agência, que precisa de um total de 117 milhões de dólares (96,5 milhões de euros) para prosseguir com os seus trabalhos.

“A Suécia está profundamente preocupada com a escalada de conflitos em Cabo Delgado e os seus efeitos devastadores sobre a segurança alimentar e o bem-estar da população local. Com este apoio alimentar humanitário, esperamos alcançar as comunidades mais vulneráveis e em zonas recônditas afetadas pelo conflito”, disse a embaixadora da Suécia em Moçambique, Mette Sunnergren, citada no comunicado do PAM.

A violência armada em Cabo Delgado, onde se desenvolve o maior investimento multinacional privado de África, para a exploração de gás natural, está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil deslocados, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.

Algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo jihadista Estado Islâmico desde 2019.

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