A Dinamarca vai desenterrar, em maio, quatro milhões de martas (ou visons), que matou devido ao perigo da transmissão de uma mutação novo coronavírus, e vai depois incinerar os animais. O objetivo é evitar um futuro desastre ambiental, avança a imprensa internacional.

Em novembro, o governo dinamarquês autorizou o abate de 15,4 milhões de martas, após se ter detetado uma nova mutação da Covid-19 na espécie. Esta estirpe podia colocar em causa o desenvolvimento da vacina, uma vez ser resistente a anticorpos.

Dinamarca vai abater 15 a 17 milhões de visons após mutação do novo coronavírus

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Cerca de quatro milhões de animais foram enterrados em valas comuns, em novembro, dado que o país não tinha capacidade para incinerar tantos animais de uma só vez. São estas martas que agora vão ser desenterradas, devido ao perigo da contaminação das águas de consumo e de banho. Os animais, depois de subterrados, conseguiram emergir das valas devido aos gases que se produziram após a sua morte.

O governo minoritário chefiado por Helle Thorning-Schmidt chegou a acordo com outros partidos no parlamento dinamarquês para exumar os animais e depois incinerá-los, deixando as suas cinzas em depósitos de resíduos locais.

A ação só vai ter lugar em maio de 2021, que é quando o risco de transmissão da Covid-19 pelos animais é inexistente, segundo as autoridades de saúde pública da Dinamarca.

Seis meses parece muito tempo, e eu gostaria de ser mais tarde, mas é claramente a melhor solução, uma vez que se evita estar exposto à infeção durante a escavação”, afirmou Rasmus Prehn, ministro da Alimentação, Agricultura e Pescas da Dinamarca.

Abate de 15 milhões de visons pode ter contaminado a água na Dinamarca

A primeira transmissão da mutação de Covid-19 de martas a humanos ocorreu em abril, nos Países Baixos, mas rapidamente chegou a países como Dinamarca, França, Itália e Polónia.