A região Norte é a que regista mais vítimas mortais por Covid-19 desde o início da pandemia e, nas últimas 24 horas, ultrapassou as 3.000 mortes (3.001) desde março. É também esta a região do país que regista mais novas infeções do novo coronarívus, segundo o mais recente boletim da Direção-Geral da Saúde, referente à evolução da pandemia no país. Das 4.378 pessoas que tiveram infeção confirmada ao longo das 24 horas desta quarta-feira, 1.952 (45%) estão na região Norte.

Esta zona do país continua a ser aquela que regista um maior número de contágios, mas já não concentra, ao contrário de semanas anteriores, a maioria (mais de metade) dos novos casos. Seguem-se, nas regiões com mais casos identificados, Lisboa e Vale do Tejo (mais 1.271 casos), a região Centro (mais 800 casos), o Alentejo (mais 200), o Algarve (mais 94), a Madeira (mais 34) e os Açores (mais 17).

Nas últimas 24 horas, foram também reportadas em Portugal mais 70 mortes por Covid-19. Desde o início da pandemia, há agora registo de 387.636 casos confirmados de infeção e 6.413 mortes no país. Das 70 pessoas que morreram esta quarta-feira em Portugal infetadas com o novo coronavírus, 28 eram da região Norte, 24 de Lisboa e Vale do Tejo, 13 da região Centro, 4 do Alentejo e 1 da Madeira. A vítima mortal identificada na Madeira é a 11ª na região desde a chegada da pandemia a Portugal. Nas regiões do Algarve e Açores não foram reportadas novas vítimas mortais. Em Lisboa e Vale do Tejo morreram já infetadas com o novo coronavírus 2.220 pessoas, na região Centro 916, no Algarve 180, nos Açores 21 e na Madeira 11, desde o início da pandemia.

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Das 70 vítimas mortais recentes, a maioria tinha 80 anos ou mais. Do total de 70 mortes, uma (mulher) tinha entre 40 e 49 anos, outra (um homem) tinha entre 50 e 59 anos, 6 (quatro homens e duas mulheres) tinham entre 60 e 69 anos, 15 (nove homens e seis mulheres) tinham entre 70 e 79 anos e 47 (19 homens e 28 mulheres) tinham 80 anos ou mais.

Houve mais casos hoje do que na quinta-feira passada

Há um dado comparativo que pode aumentar a preocupação das autoridades de saúde, numa altura em que se teme que as épocas festivas possam aumentar a vaga de contágios no país. Face ao mesmo dia da semana anterior, registou-se em Portugal um aumento dos novos casos de infeção. O boletim de quinta-feira da última semana identificava 4.320 novos casos — o do mesmo dia desta semana identifica 4.378. Ou seja, mais 58 casos.

Desde 16 de dezembro — há oito dias — que em Portugal não eram identificados mais casos do que no mesmo dia da semana anterior. Nesse dia 16 de dezembro, o boletim identificava 4.720 infeções nas 24 horas anteriores — mais 623 casos do que no mesmo dia da semana prévia.

Menos 137 doentes internados em 24 horas

O boletim da DGS traz uma boa notícia: uma redução muito significativa no número de doentes internados em hospitais portugueses. À meia-noite de esta quinta-feira, estavam internados em Portugal 2.853 doentes infetados com o novo coronavírus — entre novas entradas e saídas, menos 137 do que 24 horas antes.

O número de doentes internados em unidades de cuidados intensivos (UCI) com Covid-19 também desceu, embora bem menos significativamente. À meia-noite estavam 505 doentes nestas unidades onde são tratados os casos mais graves de doença — menos 6 do que 24 horas antes.

Mais de 4 mil recuperados em 24h em Portugal, mas há 68.690 infetados no país neste momento

O novo boletim da Direção-Geral da Saúde mostra ainda variações noutros indicadores. No número de recuperados da infeção, as autoridades de saúde reportam que mais de 4 mil pessoas (4.087) foram dadas como clinicamente recuperadas, após terem estado infetadas.

Apesar do elevado número de pessoas identificadas como recuperadas, o número de “casos ativos” — isto é, de pessoas que estão atualmente infetadas — voltou a aumentar: são agora, no total, 68.690, mais 221 do que 24 horas antes.

O número de “contactos em vigilância”, isto é, de pessoas sem infeção confirmada mas vigiadas pelas autoridades de saúde por configurarem casos suspeitos, também aumentou: há mais 1.935, havendo assim 88.978 pessoas que estão a ser monitorizadas por poderem ter sido contagiadas