A Federação Distrital de Portalegre do PS acusou esta quinta-feira o PSD de escolher a época natalícia para “lançar uma mentira e o alarme social” ao denunciar que o hospital daquela cidade iria estar “encerrado” na sexta-feira.

“A Federação Distrital do Partido Socialista vem lamentar publicamente que o PSD tenha escolhido a data natalícia para divulgar uma mentira e lançar o alarme social, ao afirmar através das redes sociais que a urgência do Hospital de Portalegre irá estar encerrada no dia de Natal”, lê-se num comunicado enviado à agência Lusa.

Para o PS, este “período difícil” para todos os portugueses, em especial para os profissionais de saúde, deveria contar com “uma palavra de incentivo e confiança de todos” os responsáveis políticos. “O PSD caiu novamente na ratoeira da demagogia e populismo ao lançar uma nota como esta, totalmente infundada e alarmista”, acrescentam.

A Comissão Política Distrital de Portalegre do PSD denunciou esta quinta-feira que o hospital daquela cidade iria estar “encerrado” na sexta-feira, mas a administração da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) desmentiu esta situação.

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Em comunicado, o PSD de Portalegre explicou que teve “conhecimento”, através de uma mensagem que publica também no documento, de que o serviço de urgências daquele hospital, entre as 6h00 e as 20h00 de sexta-feira, se encontraria com “constrangimentos, não sendo possível receber doentes”.

O PSD acusou o Governo, o PS e os seus apoiantes por esta situação, sublinhando que esta é a “prenda” que vão deixar no “sapato” dos cidadãos do distrito de Portalegre no Natal.

“Estamos atónitos, incrédulos e dispensamo-nos de mais comentários”, acrescentam no comunicado.

Contactado pela Lusa, o presidente do conselho de administração da ULSNA, Joaquim Araújo, explicou que a urgência do hospital está a funcionar “normalmente” e que a informação que o PSD reproduziu “não tem nada a ver” com a realidade. O responsável explicou ainda que o serviço de obstetrícia “não está fechado” neste período, apenas tem um médico na escala, quando deveria ter dois, sendo as utentes deste serviço reencaminhadas, eventualmente por questões de segurança. “O resto está tudo normal, não há mais nada aqui”, acrescentou.