O Canyon Mobility Project nasceu da vontade da Canyon, um reputado fabricante de bicicletas germânico, de construir um veículo eléctrico diferente. E a prova que o projecto tem pernas para andar é que, pouco depois de ser tornado público, rapidamente surgiram investidores interessados em contribuir com 800 milhões de euros, para o ajudar a passar do papel para a estrada.

A Canyon é uma empresa especializada em bicicletas topo de gama que, com o disparar da procura por bicicletas eléctricas, enriqueceu a sua gama com soluções assistidas, em que o ciclista pedala para se deslocar, mas usufrui do apoio de um motor eléctrico, alimentado por uma pequena bateria.

“Tornámo-nos um campeão global através de um sucesso constante, com recurso à tecnologia, sucesso no desporto e constante expansão”, recorda o fundador da Canyon, Roman Arnold, para de seguida afirmar que “agora chegou a altura de aproveitar a vantagem de estar associado ao nosso parceiro GBL para explorar novas oportunidades”. Sendo que a GBL é um grupo de investimentos belga, com presença em marcas como a Adidas, a Absolut Vodka e Glenlivet.

Condutor e passageiro viajam um atrás do outro, em que o primeiro pedala e usufrui da ajuda de um motor eléctrico para atenuar o esforço

Depois de crescer à razão de 25% por ano, nos últimos sete, apoiando-se exclusivamente em bicicletas, assistidas ou não electricamente, a Canyon decidiu que estava pronta para o novo projecto do veículo eléctrico a pedais, cruzando assim duas tecnologias que domina bem. Com espaço para condutor e passageiro, atrás um do outro, o modelo senta ambos numa posição descontraída mas só o condutor pedala e conduz, com um guiador tipo manche.

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Uma bateria com 2 kWh é suficiente para alimentar o motor eléctrico durante 150 km, reduzindo o esforço do condutor. Em caso de necessidade, o veículo pode acolher uma segunda bateria, o que duplica a autonomia e deixa o condutor mais à vontade para usufruir da velocidade máxima, fixada em 60 km/h.

A aposta da Canyon aponta para um futuro próximo, em que os veículos – mesmo os eléctricos – verão a sua circulação limitada, não por questões relacionadas com a poluição, mas sim devido à falta de espaço dentro das grandes urbes, o que irá favorecer as bicicletas e, acredita a Canyon, este tipo de veículos híbridos a pedal.