Vestida de roxo e, ao contrário dos vários rostos emoldurados que a costumam ladear, acompanhada apenas pelo retrato do marido, a única companhia que teve neste Natal atípico, passado pelo casal no castelo de Windsor. Um cenário comum nesta quadra a muitas outras famílias britânicas, marcadas pelas medidas de restrição em ano de Covid-19. E no entanto, a vida “tem que continuar”, sublinhou Isabel II na tradicional mensagem de Natal dirigida ao país, este ano excecionalmente gravada a partir da Sala Verde do referido castelo.
Aos 94 anos, a monarca elogiou os cientistas por permitirem ao Reino Unido “uma esperança num novo dia”, louvou “as conquistas da ciência moderna” e prestou um tributo especial aos profissionais de saúde, evocando referências de outros tempos como Mary Seacole e Florence Nightingale, que “lançaram uma luz de esperança sobre o mundo”, da mesma forma que médicos e enfermeiros dos nossos dias o farão — “temos para com eles uma dívida de gratidão”.
Isabel II manifestou ainda o seu orgulho pela “tranquila e o espírito indómito” com que a nação respondeu à pandemia, no desfecho de um ano devastador. Numa nota mais emotiva, a rainha, que pela primeira vez em 33 anos passa a quadra isolada, longe da família alargada, recordou todos aqueles que sofreram perdas neste ano.
???? ????The Queen's annual Christmas Message can be watched on @RoyalFamily’s @Twitter account at 3pm tomorrow.
You can also watch on BBC One and ITV and listen on BBC Radio 4. This year, for the first time, the Christmas Broadcast will be available via Amazon’s Alexa devices. pic.twitter.com/kUw9xFEha8
— The Royal Family (@RoyalFamily) December 24, 2020
“Claro que para muitos fica marcado pela tristeza: alguns chorando a morte dos seus, outros com saudades dos amigos e família distantes por razões de segurança, quando tudo o que mais queriam neste Natal era um simples abraço ou um aperto de mão”, apontou. “Se é um destes, não está sozinho, e garanto-lhe que o trago no meu pensamento e orações”.