Pelo menos 17 pessoas morreram em dois ataques do grupo terrorista islâmico Boko Haram nos estados de Borno e Adamawa, no nordeste da Nigéria, na véspera do Natal, disseram hoje à agência EFE testemunhas e fontes da segurança. No ataque à aldeia predominantemente cristã de Pemi, no estado de Borno, o grupo saqueou um hospital e raptou um padre antes de atear fogo à unidade de saúde e à igreja da aldeia, de acordo com o líder das milícias locais Abwaku Kabu.

“Atacam-nos quando estamos a cozinhar, é quando nos vêm matar, além de destruir e roubar a nossa comida de Natal”, disse Abubakar Umar, um dos habitantes da aldeia, num contacto telefónico com a EFE, adiantando que o mesmo aconteceu no ano passado. Segundo fontes da segurança que não quiseram ser identificadas, os ‘jihadistas’ chegaram em camiões e motorizadas e começaram a disparar indiscriminadamente, tendo matado 11 pessoas, além de saquearem casas, queimarem duas igrejas e sequestrarem um padre.

Na mesma tarde de 24 de dezembro, o Boko Haram atacou a cidade de Garkida, no estado de Adamawa, matando pelo menos seis pessoas, incluindo um polícia, confirmaram à EFE fontes locais. Segundo fontes policiais citadas pelo jornal local Daily Trust, o ataque durou várias horas e pelo menos três pessoas foram sequestradas, apesar da presença de forças militares na zona.

11 mortos em ataque do grupo terrorista Boko Haram na Nigéria

Criado em 2002 em Maiduguri (capital do estado de Borno) para denunciar o abandono do norte do país pelas autoridades, o Boko Haram já assassinou mais de 27.000 civis e causou cerca de dois milhões de deslocados, segundo dados da ONU.

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