Quando o FC Porto encerrou as contratações do mercado de verão, tinha três avançados novos: Taremi, Toni Martínez e Evanilson. Se o último era o elo mais fraco, não só pela tenra idade como também pela necessidade de adaptação ao futebol português, a disputa entre os dois primeiros era uma das incógnitas no plantel de Sérgio Conceição. Qual deles, entre a estrela do Rio Ave na época passada e a estrela do Famalicão no mesmo período, seria o companheiro perfeito para Marega na frente de ataque dos dragões?

Quando é o Día(z) de Luis, não há muito mais a fazer (a crónica do V. Guimarães-FC Porto)

Perto de quatro meses volvidos desde o início da temporada, a corrida está claramente a ser ganha por Taremi. O avançado iraniano fez chegou aos seis golos esta temporada, aos quatro na Primeira Liga, e bisou pela primeira vez com a camisola do FC Porto. O jogador de 28 anos, que acabou por sair já nos instantes finais com algumas dificuldades físicas, é agora um titular claro dos dragões e realiza um papel preponderante no ataque da equipa, soltando Marega para outras tarefas e aproximando-se dos corredores graças às características de enorme mobilidade.

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Na flash interview, Sérgio Conceição explicou que “assinava” desde já o compromisso de ganhar os mesmos troféus que ganhou em 202o: ou seja, a Primeira Liga e a Taça de Portugal. “Foi um ano muito bom desportivamente (…) Mas ainda não somos campeões, ainda falta algum tempo. Espero que o ano desportivo seja de sucesso. E, para toda a gente, umas boas entradas e que 2021 seja de esperança naquilo que é a atmosfera que existe por causa deste terrível vírus”, disse o treinador dos dragões, numa declaração atribulada em que a luz da sala onde Conceição se encontrava com o jornalista da Sport TV foi abaixo. “Não sei se vão ligar a água também…”, brincou o técnico, que chegou agora aos dois meses sem perder com o FC Porto.

Sobre o jogo contra o V. Guimarães, o treinador dos dragões garantiu que está no cargo em que está para “retificar alguma coisa que não está a correr bem”, justificando dessa forma a dupla alteração feita logo à meia-hora. “O plano inicial tinha a ver com a preparação, e perceber em estágio que um jogador importante não podia jogar cria sempre dificuldade, porque os jogadores não são iguais. Tentei não mudar nada, por isso entrou o Romário, que pisava terrenos mais de acordo com o que eu queria, mas depois com um amarelo… Não saiu por estar a jogar mal. Mas com um amarelo, num jogo com um adversário perigoso… E o Pepe foi por lesão. A partir daí, dos 20/25 minutos da primeira parte [melhorámos]. E mesmo até lá criamos situações para fazer golo. Corremos atrás do empate, conseguimos, tentámos fazer golos, não conseguimos, depois andámos atrás do resultado. Sofremos o segundo golo numa perda de bola, mas a reação da equipa foi sempre boa”, indicou Conceição, comentando também as ausências de Mbemba e Otávio, um por lesão e o outro por castigo.

Já Luis Díaz, avançado que marcou o golo da vitória do FC Porto no D. Afonso Henriques, explicou que o mérito da reviravolta foi “crer na equipa”. “No nosso trabalho e no que fazemos no dia a dia. Sabíamos que ia ser difícil, fizemos uma boa segunda parte e conseguimos os três pontos, que era o que queríamos. Confiamos em cada um dos jogadores que estão em campo. A perder por 2-1 sabíamos que seria complicado, mas metemos na cabeça que tínhamos de dar a volta ao jogo e, felizmente, conseguimos chegar a vitória”, disse o colombiano, que acrescentou que está “completamente crente” na conquista do título.

O FC Porto encerrou esta terça-feira um 2020 em que foi campeão nacional e conquistou a Taça de Portugal e a Supertaça Cândido de Oliveira. Só escapou aos dragões a Taça da Liga, que perderam na final com o Sp. Braga, num ano em que Sérgio Conceição continuou ao leme da equipa, Alex Telles e Danilo deixaram o Dragão e Pinto da Costa foi novamente reeleito como presidente do clube.