O projeto do centro oncológico do Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV) deverá estar pronto até final do primeiro semestre de 2021, disse esta terça-feira o presidente do conselho de administração, após reunião com a ministra da Coesão Territorial.

“Se em meados do próximo ano os projetos de arquitetura e de especialidade estiverem concluídos, o Centro Hospitalar terá condições de submeter uma candidatura ao [programa] Centro 2020”, declarou a ministra Ana Abrunhosa.

A governante, que falava à agência Lusa, após uma reunião de trabalho com a administração do CHTV, recordou que vai ter início um novo quadro comunitário de apoio, no qual “a área da saúde é uma das prioritárias, sobretudo, para projetos como este”.

“Projetos de alguma dimensão podem ser financiados, uma parte no quadro comunitário que está a fechar e outra parte no quadro comunitário que se está a iniciar”, explicitou.

A ministra destacou a importância deste “centro de ambulatório e de radioterapia que visa a construção de um edifício novo com características especiais por causa do equipamento de radioterapia, mas que terá uma componente de ambulatório muito importante para a parte da oncologia”.

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Segundo Ana Abrunhosa, a oncologia “é uma valência que este Centro Hospitalar tem e que é muito importante num território onde esta patologia” regista uma taxa “elevada”.

A reunião de trabalho serviu para “combinar” com o presidente do CHTV “as várias fases de implementação do projeto”, especificou.

Sem querer adiantar mais datas, a ministra considerou que “antes de inaugurar, ainda é preciso pôr muitas pedras” e, por isso, “antes de andar a fazer anúncios de inaugurações ou de pôr placas, o mais importante é fazer os projetos e ir passo a passo”.

Em seu entender, “já foram feitos muitos anúncios e mais do que anúncios”.

Por isso, “mais do que anunciar o projeto, queremos trabalhar no projeto para que o centro seja uma realidade, porque o Centro Hospitalar merece, os seus profissionais merecem e, sobretudo, a população merece. Estamos a falar de coesão social e territorial”, destacou.

A titular da pasta da Coesão Territorial lembrou que, atualmente, “há centenas de pessoas que fazem radioterapia em Coimbra em condições de fragilidade” e reforçou que o ambulatório “vem dignificar, valorizar e qualificar uma das valências do Centro Hospitalar e isso também é muito importante”.

“Vamos cumprir com este prazo” que a ministra indicou e, “no máximo, no final do primeiro semestre, estará concluído este projeto”, disse à agência Lusa o presidente do conselho de administração do CHTV.

Nuno Duarte explicou que o projeto teve de ser refeito, por causa da pandemia de Covid-19 e, por isso, foi necessário “ajustar o projeto a esta realidade, com circuitos diferentes, com espaços e posicionamentos diferentes”, o que “fez atrasar o projeto”.