Rowland Weinstein, o dono de uma galeria e negociante de arte da Califórnia, transportava um violino do século XVIII para um local que considerava ser mais seguro, temendo ser assaltado. Colocou o instrumento na bagageira do seu Tesla e rumou ao novo local, mas não sem antes passar por casa, onde lhe roubaram o carro e a preciosidade que estava na mala.

De acordo com o Los Angeles Times, o raro violino em causa foi produzido em 1710 pela família Amati, uma das mais conceituadas fabricantes deste tipo de instrumentos de corda, considerada ao mesmo nível de outras como os Bergonzi e os Stradivari, que produziram os famosos violinos Stradivarius. Weinstein adquiriu o seu violino num leilão online realizado em Londres, em 2013, tendo pago 507.436 dólares, mas hoje o instrumento está avaliado entre 700 mil e 900 mil dólares.

Segundo a polícia californiana, o proprietário do Amati de 1710 passou rapidamente pela sua casa, em Los Feliz. Mas quem verdadeiramente ficou feliz com esta paragem foi o ladrão. Isto porque Weinstein deixou cair a chave do Tesla do bolso das calças, que assim ficou dentro do carro, impedindo-o de se trancar à medida que o condutor se afastava. Com o veículo destrancado e pronto a seguir viagem, o larápio agradeceu e fez exactamente isso.

A porta-voz do FBI, Laura Eimiller, acredita que foi um crime de oportunidade e que o ladrão não sabia da presença do violino na bagageira, mas que, ao encontrá-lo, terá certamente ficado convencido que era o seu dia de sorte. Weinstein, que tem o valor do Amati garantido pelo seguro, teme sobretudo pelo tratamento que alguém desconhecedor possa dar ao instrumento, que segundo ele é muito frágil, o que o levou a avançar com uma recompensa de 25.000$, caso o violino seja devolvido. Aparentemente, nada foi oferecido pelo retorno do Tesla, que também está segurado.

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