O CDS acusa Pedro Nuno Santos, na qualidade de representante do Estado enquanto acionista maioritário da TAP, de ser um “acionistas invisível” e o “campeão dos despedimentos” por estar a gerir a questão da companhia aérea “de forma desastrada e nebulosa”.

Numa nota enviada aos jornalistas, Miguel Barbosa, vice-presidente do partido, faz duras críticas a todo o processo de reestruturação da empresa que culminou no “episódio disparatado da remuneração da gestão de topo”.

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“Num momento em que a empresa atravessa o período mais turbulento da sua vida, se prepara para despedir uma parte considerável da sua força de trabalho, e em que os contribuintes são chamados para a socorrer, não se compreende que a questão da remuneração dos seus órgãos de gestão se coloque, intoxicando ainda mais a opinião pública. Inaceitável e inoportuno”, lê-se.

Para o CDS, o ministro das Infraestruturas não pode escudar-se no facto de o Estado não estar representado na Comissão de Vencimentos da TAP, e deve por isso ser responsabilizado. Caso contrário, o Estado é apenas um mero “acionista invisível”, o que “ridiculariza” não só o próprio como “todos os portugueses”.

Pedro Nuno Santos representa-nos enquanto acionista maioritário da empresa. Não pode dispensar o mínimo de boa prática de governo das sociedades nem viver em boa consciência com o facto de o Estado não estar representado na Comissão de Vencimentos. E não pode, sobretudo, tentar distanciar-se desta decisão. Quem representa o interesse coletivo na empresa não deve ignorar nem pode desconhecer. A tentativa de o fazer, não ridiculariza apenas o próprio enquanto ‘acionista invisível’, apouca todos os portugueses”, diz.

É nesse sentido que o CDS “exige” ao Governo que crie as condições adequadas para reestruturar a empresa e diz que, se isso não for possível, o país “terá de concluir que o ministro não está à altura”. “Se assim não for o país terá de concluir que o sr. ministro não está à altura do comando que lhe foi confiado e exigir ao primeiro-ministro que assuma o cockpit, evitando que o país se despenhe às mãos de Pedro Nuno Santos que insiste em fazer da velhinha TAP um novíssimo Novo Banco”, termina.

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