Um condutor canadiano foi apanhado a deslocar-se no seu Tesla Model S a 150 km/h, o que desde logo configura uma transgressão por excesso de velocidade. Mas este não será o maior problema do jovem de 20 anos, uma vez que, além de se deslocar mais depressa do que o permitido, seguia com o banco completamente reclinado e (aparentemente) a dormir, tal como a pessoa que seguia a seu lado.

A Tesla tem o sistema de ajuda à condução mais eficiente do mercado e, quando a navegar em Autopilot, consegue realizar ultrapassagens, mudanças de faixa e até as vias de entrada e saída das auto-estradas sem que o condutor tenha de intervir. Mas, como está bem patente no livro de instruções, a tecnologia continua a configurar um sistema de ajuda à condução de nível 2, em que o condutor é o responsável e tem de estar sempre atento e pronto a assumir a direcção. Ou seja, não se trata de um sistema de condução autónoma.

Os polícias que presenciaram o momento em que ambos os ocupantes dos assentos dianteiros viajavam aparentemente deitados e a dormir, segundo a Global News, começaram por levar o condutor a tribunal por excesso de velocidade a 11 de Dezembro. Mas o jovem já tem reservada uma nova data para comparecer perante um juiz.

A 29 de Janeiro, o condutor dorminhoco vai ser acusado de condução perigosa, mesmo não tendo estado envolvido em qualquer acidente. Na opinião de advogados canadianos, país cuja lei não prevê a circulação de veículos autónomos ou sem a supervisão de um humano encartado, é a primeira vez que um condutor é acusado de circular sem ter o veículo sob o seu controlo. Acreditam os juristas que a decisão pode fazer jurisprudência para casos futuros e não necessariamente apenas no Canadá.

O jovem canadiano, que tem no seu currículo uma série de outras infracções de trânsito, não é o primeiro condutor a ser apanhado a viajar demasiado depressa e excessivamente relaxado num Tesla, pois até já houve alguns que se instalaram no banco traseiro para ‘passar pelas brasas’.

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