As festas ilegais de passagem de ano que decorriam desde quinta-feira na região de Rennes, França, e em Barcelona, Espanha, foram desmanteladas durante a manhã deste sábado. A rave francesa foi a primeira a ser interrompida, seguindo-se, já perto do final da manhã, a catalã.

O evento nos arredores de Barcelona, Llinars del Vallès, nos arredores de Barcelona, começou pelas 21h horas de 31 de dezembro num armazém abandonado e ainda continuava durante a manhã deste sábado. A festa, que foi denunciada pelos vizinhos, reuniu mais de 200 pessoas de várias nacionalidades e deveria estender-se até 4 de janeiro.

A polícia explicou na sexta-feira que planeava tomar medidas se os participantes não deixassem as instalações por sua livre vontade. Fonte policial, citada pela Efe, adiantou que se realizará durante manhã deste sábado uma reunião para avaliar como e quando proceder ao despejo do armazém. Inicialmente, a polícia deu indicações de que não queriam recorrer à força para acabar com a festa “para evitar incidentes graves”.

Segundo o El País, as autoridades chegaram ao local por volta das 12h (11h em Lisboa), interrompendo as festividades. Imagens divulgadas por um jornalista do diário espanhol mostram várias carrinhas de intervenção estacionadas dentro do armazém onde a festa decorria.

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As pessoas que durante a manhã começaram a deixar o armazém foram identificadas e alvo de queixa por participarem numa festa proibida e sem respeitar as medidas de prevenção que vigoram em Espanha no contexto da pandemia do novo coronavírus.

Festa em Rennes interrompida durante a manhã. Polícia abriu inquérito

A prefeitura do departamento de Ille-et-Vilaine informou que os participantes da rave, realizada num hangar na localidade de Lieuron, a sul de Rennes (oeste de França), começaram a desmobilizar durante a manhã. As primeiras desmobilizações ocorreram às 5h30 (4h30 em Lisboa) e terão terminado pelas 8h, de acordo com o Le Figaro.

“Não houve intervenção da polícia”, disse a prefeitura, acrescentando que os agentes, que controlam as estradas de acesso ao local, procederam a operações de controlo e intimação dos participantes. A prefeitura confirmou a “interrupção do som”. Pelo menos um equipamento de som foi desmontado, disse o mesmo organismo. No Twitter, o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, adiantou que as “numerosas forças de segurança” no local e “os controlos intensivos levaram à paragem da festa ilegal em Lieuron sem violência”.

A polícia tinha tentado, sem sucesso, impedir o evento na quinta-feira, enfrentando “hostilidade violenta de muitos participantes”. Durante os confrontos “um veículo da polícia foi incendiado, três outros foram danificados e polícias agredidos com garrafas e pedras, ficando com ferimentos ligeiros”, adiantou também a prefeitura. O evento reuniu cerca de 2.500 pessoas apesar de vigorar o recolher obrigatório no país.

Gérald Darmanin tinha convocado uma reunião em Paris na sexta-feira à noite com o prefeito e membros do seu gabinete para analisar as medidas a tomar para acabar com a festa.

A polícia francesa abriu uma investigação para apurar quem foram os organizadores da festa ilegal em Rennes. Segundo informações fornecidas do ministério do Interior, citadas pelo Le Figaro, foram registadas 1.200 infrações, 800 das quais no âmbito das medidas impostas para controlo da pandemia de Covid-19. Algumas centenas estão relacionadas com o consumo de drogas.

Artigo atualizado às 12h55