O PSD/Porto apelou esta segunda-feira a um “relacionamento permanente e profícuo” entre a Galp e os sindicatos, depois de a empresa anunciar o encerramento da refinaria de Matosinhos, no distrito do Porto.

Apelamos a que haja um relacionamento permanente e profícuo entre a empresa [Galp] e os sindicatos e que naquele que for o âmbito de intervenção do Governo, os assuntos sejam objeto de uma negociação séria e responsável”, sublinharam, em comunicado conjunto, a distrital do Porto e a concelhia de Matosinhos do PSD e a distrital dos Trabalhadores Social-Democratas.

Esta posição surgiu depois de estas três estruturas terem reunido com representantes dos sindicatos que acompanham a situação laboral na refinaria. Depois desta, os sociais-democratas falam numa “enorme incerteza e falta de informação” sobre o futuro projeto empresarial, se é que irá haver e qual será, o que aporta uma “carga de enorme angústia e ansiedade” para centenas de trabalhadores da região que, direta ou indiretamente, têm o seu posto de trabalho afeto à refinaria.

Perante esta inevitabilidade do encerramento, os trabalhadores irão ter de enfrentar o desemprego e, por consequência, dificuldades em garantir o sustento das suas famílias, sublinhou.

Perante esta circunstância e, em caso de despedimentos, que nenhum trabalhador fique sem a devida proteção social assegurada e que o Governo agilize os organismos da administração pública que atuam nos apoios ao emprego/desemprego e à proteção social”, frisou, na nota.

O PSD considerou ainda que compete ao atual Governo assumir as suas responsabilidades de decisor político em áreas “tão estratégicas” como a economia de uma região e do país, ambiente e transição energética.

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Os trabalhadores da refinaria têm prevista uma concentração para dia 12 de janeiro, com saída do complexo industrial até à câmara de Matosinhos, para protestar contra a decisão de encerramento.

Já está programada uma iniciativa de concentração de trabalhadores com saída desde a refinaria até aos Paços do Concelho de Matosinhos, depois iremos concentrar-nos em Lisboa, em princípio na porta do senhor primeiro-ministro, que até ao momento está calado e foi a primeira pessoa a saber desta decisão por parte da administração”, afirmou Telmo Silva, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energias e Atividades do Ambiente (Site-Norte), a 30 de dezembro.

Anteriormente, na reunião da Câmara Municipal de Matosinhos, o responsável pela refinaria da Galp de Matosinhos, José Silva, afirmou que a decisão de encerramento “está tomada e fechada” e que para o complexo não está previsto “nenhum projeto de refinação de lítio”.

Esta não é uma decisão reversível pelos fundamentos que foram analisados e valorizados pelo Conselho de Administração. A decisão está tomada e fechada”, reforçou.