Um juiz baniu o líder de um grupo de extrema-direita, designado Proud Boys (“Rapazes Orgulhosos”), da capital dos EUA, depois de ter sido acusado de vandalizar uma bandeira do movimento Black Lives Matter e encontrado com armamento.
A ordem judicial proíbe Henry ‘Enrique’ Tarrio, de 36 anos, de entrar no Distrito de Columbia, com muito poucas exceções, que apenas lhe permitem contactar com o advogado ou comparecer em tribunal.
A decisão foi tomada um dia depois de ter sido detido à chegada a Washington, antes dos protestos planeados por apoiantes de Donald Trump para coincidir com a votação no Congresso, esperada para quarta-feira, que deve confirmar a vitória eleitoral de Joe Biden.
Tarrio foi detido na segunda-feira pelo Departamento da Polícia Metropolitana e acusado de ter queimado uma bandeira do Black Lives Matter (“As Vidas Negras Importam”) que tinha sido retirada de uma histórica igreja na baixa de Washington, em dezembro.
Foi acusado também de destruição de propriedade e enfrenta ainda acusações relacionadas com armas, depois de os agentes policiais o terem encontrado de posse de armas.
Segundo queixa criminal, quando a polícia deteve Tarrio, em execução do mandato de detenção por vandalização do símbolo dos Black Lives Matter, os polícias encontraram dois carregadores cheios, com o símbolo dos “Proud Boys”, no seu saco, com capacidade de 30 munições para armas estilo AR-15 ou M4.
Uma bandeira grande do Black Lives Matter tinha sido retirada da propriedade da Igreja Metodista Unida de Asbury, rasgada e incendiada em dezembro. Tarrio tinha sido gravado na posse da bandeira, num vídeo colocado no YouTube, segundo um relatório policial.
Mais tarde, Tarrio admitiu à polícia, segundo o relatório desta, que colocou uma confissão de que tinha sido ele a incendiar a bandeira num sítio de extrema-direita.
Tarrio foi detido num túnel próximo do Capitólio, antes do protesto convocado pela extrema-direita para o Distrito da Columbia.