A Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, manifestou-se esta sexta-feira contra o encerramento do balcão da Caixa Geral de Depósitos no bairro de Alfama, considerando ser “um enorme erro estratégico” e revelador de “total falta de sensibilidade”.

Em comunicado, o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho (PS), refere que a dependência bancária da Caixa Geral de Depósitos (CGD) é a mais utilizada pelos moradores de Alfama.

Às ameaças de gentrificação acelerada provocada pela especulação imobiliária […] urge contrapor medidas que permitam conservar os moradores que ainda resistem e tornar mais atrativas as condições de vida em Alfama — e não o contrário”, afirma Miguel Coelho.

De acordo com o autarca, o banco público deve assegurar o acesso aos serviços essenciais por parte de todos os portugueses, sem exceção.

[…] Para uma população envelhecida, com óbvias dificuldades de mobilidade […] não há serviços mínimos bancários sem uma agência de um banco que os preste”, salienta o socialista.

Para Miguel Coelho, os moradores precisam de ter um banco ao qual confiam as suas poupanças e “seria de mau tom fazer sentir à população de Alfama que o bairro apenas interessava ao banco enquanto os turistas pululavam nas suas ruas e os investidores compravam avidamente os seus imóveis”.

Revelando descontentamento pela decisão da Caixa Geral de Depósitos, o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior endereçou ao primeiro-ministro, António Costa, e ao Conselho de Administração do banco público, o manifesto da sua insatisfação.

A Junta de Freguesia de Santa Maria Maior está manifestamente contra a decisão anunciada pelo banco público com deveres acrescidos perante a população”, conclui.

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