786kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Um parto no meio da neve, trenós puxados por cães e um frio mortal. O caos (e o insólito) da tempestade Filomena em Madrid

Este artigo tem mais de 3 anos

Uma mulher deu à luz no carro, presa na neve. Um homem andou de trenó puxado por cães em plena cidade. Mas a tempestade Filomena também provocou mortes em Espanha. As imagens do caos.

21 fotos

O caos instalou-se na capital espanhola, atingida este final de semana por um temporal de neve que já reclamou a vida de duas pessoas em Madrid e de outra em Málaga. Fernando Grande-Marlaska, o ministro do interior, adjetivou a tempestade Filomena como “o temporal mais intenso dos últimos 50 anos”.

As imagens captadas este sábado mostram um manto de neve que cobriu autoestradas, jardins e parques, bairros e parques de estacionamento. Há quem tenha aproveitado para brincar na neve — um homem até calçou raquetes para poder caminhar sobre o manto branco — mas 1.500 pessoas tiveram de ser resgatadas na Comunidade de Madrid por terem ficado enclausuradas nos carros.

Clara foi uma delas. A mãe, uma grávida em final de termo de 34 anos, ficou presa no nevão quando seguia de carro com o marido para o hospital, após horas à espera de uma ambulância para dar à luz. Mas entrou em trabalho de parto ali mesmo e Clara veio ao mundo com 3,2 quilogramas, no meio de uma tempestade histórica.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Toda a família está bem de saúde: mãe e filha foram levadas para o Hospital Carlos III e daí para o Hospital de La Paz. O INEM madrileno partilhou nas redes sociais uma fotografia das duas junto aos profissionais de saúde que as acudiram. Outras três mulheres em trabalho de parto tiveram de ser resgatadas do nevão.

Sandra Morena, uma guarda de segurança de 22 anos, também viveu momentos aflitivos na tempestade. Ficou presa no carro, numa estrada coberta de neve, enquanto conduzia para o trabalho. Durante 12 horas, permaneceu no interior do automóvel, paralisada na estrada, “sem comida, a chorar porque não se sabia como sair dali”.

Só no sábado de manhã é que um equipa do Exército espanhol conseguiu alcançar Sandra Morena e retirá-la da estrada. Em declarações à Associated Press, pediu cuidado aos conterrâneos: “A neve pode ser muito bonita, mas passar a noite preso num carro por causa disso não é nada divertido”, garantiu.

O governo pediu à população para permanecer em casa enquanto a tempestade permanecer sobre a Península Ibérica. Mas houve quem ignorasse o conselho e, em vez de escolher o sossego do lar, decidisse vaguear pelas estradas espanholas num trenó puxado por cães. Outros dedicaram-se ao ski, snowboard e aos bonecos de neve.

Mais: uma apresentadora espanhola, Cristina Pedroche, fez da neve a paisagem para uma fotografia sem roupa. Na última sexta-feira, a polémica estrela de televisão despiu-se completamente e sentou-se no chão enquanto nevava. “Todos nós ficamos boquiabertos com o quão preciosa a neve é, mas também é muito bonito e importante olhar para dentro”, escreveu ela.

Mas a situação é séria. A Cruz Vermelha espanhola mobilizou mais de 200 pessoas para prestar apoio aos mais atingidos pelo temporal Filomena e há corpos das Forças Armadas Espanholas a varrer a neve dos acessos a serviços essenciais, como os hospitais. Em Mingorrubio, há 800 pessoas isoladas e sem eletricidade em casa.

O futebol também está a ser afetado pelo temporal. Depois de ter ficado horas à espera no aeroporto de Barajas para poder descolar em segurança para Pamplona, o Real Madrid chegou finalmente ao destino. Mas a partida contra o Osasuna, marcado para as 20h, pode mesmo ser impedido pela neve.

Foi o que aconteceu no jogo entre o Atlético de Madrid e o Athletic Bilbao, que estava marcado para as 15h15 de Portugal Continental. “Dada a situação excecional provocada pelo mau tempo em grande parte da Península Ibérica (…) a LaLiga, após contactar os clubes (…), solicitou o adiamento do jogo”, confirmou a organização.

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos