Dezasseis jogos depois, o Sporting perdeu. 18 jogos depois, o Sporting não marcou. E com isso, naquela que foi a segunda derrota da temporada três meses depois da goleada sofrida em Alvalade frente aos austríacos do LASK Linz, ficou afastado da Taça de Portugal já depois de ter falhado o acesso à fase de grupos da Liga Europa (e, antes, em 2019/20, a entrada direta na prova). Ao todo, os leões levam já cinco jogos seguidos nos Barreiros sem ganhar desde 2016/17, os quatro primeiros a contar para o Campeonato, sendo que o Marítimo conseguiu eliminar a equipa verde e branca da prova rainha do calendário nacional apenas pela segunda vez em nove eliminatórias.

Bastou o Pinho para secar um eucaliptal de euforia (a crónica do Marítimo-Sporting)

“Era um dos objetivos da época. Controlámos a maior parte do jogo e sabíamos que o Marítimo estava à espera de um pequeno lance de contra-ataque para se meter na frente. Isso aconteceu num erro nosso. Tentámos mas hoje não foi o nosso dia. Temos vindo a fazer muitas coisas boas e não vamos pensar que isto aqui pode estragar alguma coisa”, comentou Luís Neto, um dos cinco jogadores que mantiveram a titularidade em relação à equipa que defrontou o Nacional a par de Feddal, Nuno Mendes, Palhinha e Nuno Santos, na flash interview após um jogo que fez com que, na melhor das hipóteses, o Sporting faça apenas 42 jogos esta época, só superado por 2013/14.

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“Isto desde quarta-feira [dia da viagem para a Madeira]… Ultrapassámos o jogo do Nacional da melhor forma e hoje num campo difícil, frente a uma equipa se bate muito bem, tentámos de tudo. Dou os parabéns a todos pelo compromisso e vamos virar forças para o Campeonato que está já aí à porta”, acrescentou o central.

Já Emanuel Ferro, treinador adjunto dos leões que assumiu a conferência de imprensa também depois da zona de entrevistas rápidas, lamentou a derrota que apelidou de “um pouco ingrato” e deu mérito aos insulares pelo jogo que conseguiram fazer. “Procurámos fazer o nosso jogo. Os jogadores do Marítimo fizeram o deles e acabaram por fazer dois golos. Não tenho nada a apontar à atitude da equipa, da forma que os jogadores tentaram encontrar soluções para encontrar os caminhos para a baliza adversária e disputar a eliminatória”, salientou, recusando que a eliminação da Taça de Portugal aumente a responsabilidade da equipa no Campeonato.

“O impacto é a nossa eliminação, só isso. Todos os jogadores que entraram no início são do nosso plantel, têm jogado e são todos importantes. São jogadores que nossos, que têm contribuído para a equipa. Durante a primeira parte tivemos oportunidades muito claras, o Marítimo não fez mais do que aquilo que pretendia. A nossa responsabilidade agora é igual, que é fechar este jogo, analisá-lo e preparar já o próximo jogo para a Liga, com o Rio Ave. Juventude? Não sei o que significa essa juventude dentro do que tem sido a resposta da equipa. O Sporting foi a mesma equipa que tem sido até aqui, contra um adversário que esteve muito bem e que reduziu os espaços. Na segunda parte, um golo em contra-ataque e uma bola parada acabaram por definir o jogo”, concluiu Emanuel Ferro, no balanço da partida já projetando o jogo de sexta-feira com os vila-condenses.