O Facebook anunciou esta terça-feira que vai remover conteúdo que contenha a frase “stop the steal” (ou “parem a roubalheira” em português), uma espécie de grito de guerra dos apoiantes de Donald Trump que afirmam, sem nunca terem apresentado provas, que houve fraude eleitoral nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, que ocorreram em 2020.

Todo o conteúdo que contenha esta expressão e que assim contribua para disseminar estas teorias vai ser removido da plataforma liderdada por Mark Zuckerberg. Já as publicações que tenham em vista a sua condenação, ou a discussão do assunto de forma neutra, serão mantidas, esclareceu o vice presidente de integridade do Facebook, Guy Rosen, em comunicado.

“Com as tentativas contínuas de organizar eventos contra o resultado da eleição presidencial dos EUA que pode levar à violência, e o uso da expressão por aqueles envolvidos na violência de quarta-feira em DC, estamos a dar mais um passo na preparação para a tomada de posse”, continuou Guy Rosen no post sobre a preparação da empresa para o dia da tomada de posse.

A medida é o mais recente esforço da empresa de Mark Zuckerberg para parar a desinformação e o incitamento à violência no Facebook, depois de os manifestantes pró-Trump terem invadido o Capitólio na passada quarta-feira.

O Facebook vai ainda manter a proibição de toda a publicidade política nos Estados Unidos, incluindo a de Trump, cuja conta está suspensa indefinidamente desde 7 de janeiro.

Na passada quinta-feira, Mark Zuckerberg já tinha dito que a conta de Trump ficaria suspensa pelo menos até à tomada de posse de Joe Biden e talvez por mais tempo. Já em declarações à agência Reuters, a COO do Facebook, Sheryl Sandberg, afirmou que a empresa não tinha planos de levantar o bloqueio às contas de Trump no Facebook e no Instagram.

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