O Turismo Centro de Portugal defende que as ajudas à economia do Governo para o novo confinamento devem prever a possibilidade da sua extensão a um período de pelo menos dois meses.

O presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro, Pedro Machado, disse à agência Lusa que, tendo em conta a atual tendência da pandemia da Covid-19, “pode-se estar a falar não de 30 dias de confinamento, mas de 60 dias”.

Na sua opinião, o novo pacote de medidas de apoio às empresas, em particular às do setor do turismo, deve “antever já a possibilidade da sua extensão” por um período mais longo.

Por outro lado, Pedro Machado pediu ao Governo “que rapidamente concretize” medidas de apoio anunciadas nos últimos meses, designadamente no âmbito do Programa Apoiar, já que “muitas delas ainda não chegaram ao terreno”.

O Turismo Centro de Portugal refere ainda “muitas situações que estão fora do perímetro das ajudas” do Estado, como acontece com os ginásios e outras atividades, mas que “terão de merecer uma reflexão adicional” do executivo de António Costa.

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Pedro Machado fez igualmente um balanço dos resultados do setor, durante as festas de Natal e Ano Novo, salientando “alguns bons números” registados na região, com destaque para a passagem de ano nos municípios ligados à Serra da Estrela.

“Percebeu-se que havia uma disponibilidade dos mercados interno e alguns internacionais, como o alemão, o francês e o espanhol”, disse, salientando resultados que em certa medida “contrariaram a tendência negativa” que se verificou ao longo de 2020, devido à pandemia.

Para acautelar a atividade turística na quadra da Páscoa, no início de abril, Pedro Machado defendeu que o plano nacional de vacinação contra a Covid-19 tem agora de avançar como previsto.

“Numa lógica de maior perceção de segurança” por parte dos visitantes, importa “que o plano de vacinação seja escrupulosamente cumprido”, sublinhou.

Para haver “uma perceção de segurança do destino”, o cumprimento do plano “será também decisivo”, segundo aquele responsável.

Relativamente à Páscoa, a entidade regional mantém “alguma expectativa”, especialmente quanto à entrada de turistas que se deslocam de carro, vindos de países europeus, ou cujas viagens de avião são relativamente curtas, com “duas ou três horas de voo” para Portugal.