A fabricante de automóveis Renault pretende concentrar sua atuação no Brasil, seu principal centro de operações na América Latina, na recuperação da rentabilidade de suas operações, disse esta quinta-feira o CEO da empresa, Luca de Meo.

O Brasil é o principal ponto da estratégia latino-americana da empresa, com o objetivo de atingir uma participação de mercado de 10%, lembrou De Meo em conferência de imprensa por telefone com jornalistas após apresentação do plano estratégico “Renaulução”.

A chave do plano é mudar o objetivo do grupo, antes focado num grande volume de produção e vendas, para alcançar um alto nível de rentabilidade. E o mesmo vale para o Brasil, onde a Renault espera que as operações naquele país deem “uma contribuição sólida” para os lucros.

“O segredo no Brasil é a otimização, não a pressa em conquistar participação de mercado à custa da lucratividade”, resumiu o executivo italiano.

De Meo disse que recentemente a empresa teve de eliminar um deslocamento de produção de uma de suas fábricas no Brasil, mas disse que vê “uma recuperação” no setor que, se sustentada, deixará a Renault “em uma posição muito diferente”.

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O grupo automóvel também tem fábricas na Argentina e na Colômbia.

Dentro de sua estratégia regional, a Renault adiantou que quer orientar sua presença internacional para os mercados e segmentos mais rentáveis, especialmente na América Latina, Índia e Coreia do Sul.

De qualquer forma, De Meo descartou que o plano apresentado esta quinta-feira implique uma redução do emprego no grupo, após o corte de 15 mil postos em todo o mundo anunciado em maio passado.

“Não há cortes de empregos adicionais”, concluiu o CEO da Renalt.