“Já não tem Otávio, não contará agora com Taremi depois da expulsão. Como será preparar o próximo jogo, outro clássico agora com o Sporting?”. A pergunta da Rádio Observador foi a penúltima, a resposta de Sérgio Conceição teve algum humor à mistura. “Olhe, estou dependente da zaragatoa na véspera do jogo… Estou a rir mas isto não é para rir, atenção. Nós preparamos o jogo e depois temos más notícias na véspera…”, atirou, recordando o que aconteceu com o médio brasileiro, que se juntou a Cláudio Ramos, Wilson Manafá, Fábio Vieira e Carraça na lista de jogadores que não podem ir a jogo por estarem infetados com Covid-19. No entanto, uns minutos antes, o tom do técnico azul e branco tinha sido outro e com um “alvo” nas palavras: Jorge Jesus.

Farpa 1. “Este jogo pode encher o ego a uma ou outra pessoa da equipa adversária mas a nós não porque estamos conscientes que somos o FC Porto e estes jogos são para ganhar. É o quinto clássico com o Benfica que não perdemos mas entramos para ganhar. É essa força interior, é a tal mística do FC Porto. Não se explica, sente-se”, referiu. Farpa 2. “Podemos papaguear como quisermos, posso dizer o que eu quiser para tentar passar ao povo uma ou outra situação. Foi um jogo difícil para o FC Porto, para o Benfica e para a arbitragem”, atirou. Sérgio Conceição, que teve um momento de maior tensão com Jorge Jesus após a flash interview do técnico encarnado, foi visando nem nome o homólogo num encontro onde enalteceu a postura da equipa e foi dando “toques” na exibição de Luís Godinho, que após uma primeira parte calma teve um encontro difícil de gerir no segundo tempo.

“Viram o jogo, têm imagens, podem desenvolver… Foi um jogo difícil de apitar. É um clássico, muitos duelos, muitas situações de falta, muitas situações de amarelo, fica difícil para o árbitro e para a equipa de arbitragem. A expulsão do Taremi? Não vi ainda, não vi a entrada do Taremi nem a do Nuno Tavares sobre o nosso jogador [Corona], não vi… Se Pizzi devia ter sido expulso? Foi aquilo que disse… Um jogo difícil para a equipa de arbitragem, muito difícil e que condiciona muito aquilo que é o andamento do jogo. Foi um jogo difícil para as três equipas”, foi respondendo, antes de recusar a ideia de um mal menor com o empate tendo apenas dez.

Não acho que seja um mal menor, mesmo com dez mudámos para tentar ganhar o jogo. Por isso é que entraram os jogadores que entraram, empatar o jogo é zero. Sobre a minha conversa com Jorge Jesus, eu falo muitas vezes com ele e no final do jogo também falei, numa conversa que fica entre nós os dois”, voltou a comentar sobre a altercação que teve com o técnico encarnado por altura das flashes.

“Foi um jogo equilibrado até à expulsão do Taremi mas, mesmo assim, tivemos uma ocasião flagrante do Marega. Não foi um jogo nada espetacular, as equipas queriam impor o seu jogo, condicionar o adversário e isso tirou alguma espetacularidade, mas é normal nestes clássicos. É um resultado que, para o adversário, até pelo que ouvi, os deixa satisfeitos, e acham que fizeram um jogo espetacular. Mas a mim não me deixou satisfeito, foram dois pontos perdidos por nós”, frisou de novo, falando mais uma vez em resposta às palavras de Jesus.

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