Um casal cliente da Mercedes, que adquiriu um Classe S550 por 160.000 dólares canadianos, diz que passou a ter medo de conduzir o veículo. Uma deficiência técnica pregou-lhes um susto de morte, quase literalmente, e a forma como o concessionário local lidou com o problema não contribuiu para a solução e, muito menos, para recuperar a confiança no carro.

Datong Yang e Guifang Huo adquiriram um Mercedes Classe S550 em 2017, no concessionário de Richmond, no Canadá, onde habitam. Apenas um ano depois, com o odómetro a acusar somente 6400 km, o casal passou por um susto monumental, quando parou a centímetros de um muro depois de a direcção do Mercedes ter “prendido”.

O carro foi então rebocado para o concessionário local que, primeiro, declarou não haver nada de errado, aconselhando o cliente a vender o carro ou a conduzi-lo. Depois, segundo a imprensa norte-americana, confrontado com um recall nos EUA para os Classe S fabricados entre 2015 e 2019, o que incluía o S550 de Datong Yang, o concessionário lá acabou por admitir que afinal havia um problema na assistência da direcção e que a substituiria sem encargos, tanto mais que o carro ainda estava na garantia.

Mas Yang estava farto do Mercedes – comprou um BMW para demonstrar a aversão à marca que antes privilegiou – e queria ser ressarcido do seu investimento, pois alega que o concessionário nunca lhe garantiu que a avaria não voltaria a acontecer. O S550 ficou parado desde então.

Yang deslocou-se à sede da Mercedes, em Estugarda, onde os responsáveis alemães admitiram a deficiência técnica num transístor no sistema de direcção assistida, que aquecia e deixava de funcionar. Uma vez substituído esse componente, o cliente poderia usar o carro ou vendê-lo.

Yang considerou que, como usava o carro sobretudo em auto-estrada, o risco era grande, pelo que a falta de garantia de que o problema não se repetiria levou-o a continuar a não usar o carro. Mas também não o vendeu, por considerar que isso equivaleria a passar para outros os riscos que não queria que a sua família corresse. Segundo o Vancouver Sun, o caso vai a tribunal em breve.

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