Num ano marcado pela pandemia, que moldou forçosamente muitos hábitos dos portugueses, as denúncias de cibercrime quase triplicaram face ao ano anterior. De acordo com o Público, em 2020 o Gabinete Cibercrime do Ministério Público recebeu 544 denúncias, das quais 138 foram encaminhadas para a abertura de inquérito. Em 2019 o mesmo organismo recebeu 351 denúncias.

Os dados que apontam para um aumento na ordem dos 182% fazem parte do relatório do Gabinete Cibercrime publicado em janeiro, o qual atribui o aumento de denúncias à mudança de hábitos dos portugueses devido às regras de combate à Covid-19. Em 2020, os portugueses foram sobretudo enganados devido a burlas através da aplicação MB Way, a campanhas de phishing e burlas referentes a relacionamentos pessoais estabelecidos à distância.

A violação da privacidade e divulgação online de dados pessoais estiveram ainda entre os crimes mais denunciados, sendo que para a lista entram ainda situações de stalking com recurso a tecnologias e de sextortion.

A maior parte das denúncias não deu origem a processos por falta de provas, sendo que foi no início da primavera de 2020, de março a maio, que o gabinete em questão recebeu um número elevado de  denúncias (em março foram recebidas 46 denúncias, em abril outras 131 e em maio 51).

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