Vai começar nesta quarta-feira a campanha de testes rápidos à Covid-19 nas escolas secundárias dos concelhos em risco extremamente elevado, anunciou o Governo num comunicado conjunto enviado pelos ministérios da Saúde e da Educação.

A campanha inclui a realização de testes de antigénio “nos estabelecimentos de ensino públicos e privados com ensino secundário localizados em concelhos de risco extremamente elevado”, diz o comunicado.

“Em caso de identificação de surtos ativos será intensificada a testagem, envolvendo e priorizando toda a comunidade escolar dos estabelecimentos de ensino afetados, independentemente do grau de ensino a que pertença”, lê-se ainda. Ou seja, apesar de a campanha ser inicialmente dirigida apenas às secundárias, se houver surtos identificados em escolas onde também haja ensino básico, esses alunos também serão testados.

“Resultado de um trabalho conjunto das áreas governativas da Saúde e da Educação, a realização de testes de antigénio visa aumentar a rapidez da deteção e rastreamento de eventuais casos de SARS-CoV-2, em alunos, pessoal docente e não docente”, acrescenta a nota.

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O teste é facultativo e para que seja feito é necessário que o professor, funcionário, aluno (se for maior de idade) ou encarregado de educação (no caso dos menores) assine um consentimento informado declarando que aceitam a realização do exame clínico.

De acordo com uma carta enviada pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) às escolas portuguesas, a operação de testagem será feita em cooperação com as autoridades regionais de saúde — devendo os diretores das escolas assegurar as condições logísticas para a realização dos testes, as listas das pessoas a ser testadas e o preenchimento dos consentimentos informados.

O teste de antigénio é um teste de diagnóstico da Covid-19 que permite obter resultados em muito menos tempo do que o convencional teste PCR, embora tenha uma sensibilidade menor.

Apesar do atual confinamento e das duras críticas dos especialistas, as escolas continuam abertas — embora o Governo admita que o agravamento da pandemia possa levar ao encerramento dos estabelecimentos escolares.