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João Ferreira no interior diz que cenário de declínio e abandono "não é inevitável" e repete solução: Constituição

Este artigo tem mais de 3 anos

João Ferreira saiu da Nazaré e quase tocou a fronteira com Espanha. Quer mostrar que a distância é curta e que desertificação do interior não é um cenário sem retorno.

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LUSA

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Artigo em atualização ao longo do dia

Primeira paragem do dia em Portalegre, a segunda em Évora. Ações diferentes, com objetivos iguais. O interior do país luta contra a desertificação e o abandono dos mais novos e os impactos da pandemia trouxe mais dificuldades a quem já “lutava para sobreviver”. Entre 2000 e 2018 Portalegre perdeu 17% da população e João Ferreira fez questão de trazer esses números para alertar para o problema.

Em Portalegre João Ferreira ouviu o relato de bombeiros, a braços com enormes dificuldades (isto no dia seguinte a ter sido conhecida a morte de um idoso no hospital de Portalegre depois de várias horas à espera na ambulância), ouviu lamentos sobre a desigualdade também entre homens e mulheres, ouviu mais detalhes sobre os constrangimentos que as populações enfrentam com o encerramento de serviços públicos, o forte impacto de agricultura superintensiva em oposição à pequena e familiar. Numa sessão na Biblioteca Municipal, João Ferreira ouviu todos e, no final, tinha uma palavra de esperança para lhes deixar. Afinal, é esse o mote de quase todas as ações da caravana do candidato: “Um horizonte de esperança”.

Uma esperança que depende, claro, do resultado da votação de domingo, e que só é possível se a Constituição for cumprida. João Ferreira recusa a ideia de que o declínio que se tem verificado seja uma “realidade inevitável”.

Não tem de ser visto como uma realidade inevitável, é possível alterar o trajeto de declínio com políticas de desenvolvimento regional sérias, como diz a Constituição. Tem havido planos de desenvolvimento para o interior, mas têm um enviesamento de partida que é associar as causas do subdesenvolvimento ao próprio território”, apontou o candidato presidencial.

Apontando culpas para o declínio às opções políticas dos últimos Governos e Presidentes da República — que acusa de não terem feito cumprir a Constituição, como juraram — João Ferreira diz que é possível ir mais além de “limitar e gerir o declínio”. “Precisamos de inverter, não estão condenados ao declínio têm recursos e potencial para promover as regiões e não apenas ficarem impávidos a assistir”, frisou.

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João Ferreira numa ação de campanha em Vale de Vargo, Serpa.

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“Até as freguesias roubaram ao povo”

João Ferreira percorreu mais uns quilómetros rumo ao baixo Alentejo para ouvir críticas ferozes à reorganização de freguesias. No distrito de Beja, onde termina o dia, das 100 freguesias existentes antes da reorganização, ficaram 75. “Em muitos sítios deste Alentejo um elemento essencial depois de terem tirado tanta coisa, era aquilo que ainda segurava uma ligação das populações ao Estado até isso lhes foi tirado. Até as freguesias roubaram ao povo”, disse João Ferreira depois de ter escutado os lamentos daqueles que sofreram na pele o resultado da reorganização de freguesias.

Sem rodeios (e para alegria de quem assistia à sessão, que aplaudiu efusivamente) o candidato presidencial fez questão de dizer que “as freguesias têm de ser devolvidas ao povo” uma vez que são “elementos essenciais de ligação às populações” e “à própria democracia”. Pautando todas as intervenções pelas referências à lei fundamental, João Ferreira frisou que a reorganização de freguesias foi feita “contra aquilo que diz a Constituição”.

Mas havia mais a assinalar na freguesia de Vale de Vargo, aliás, na União de Freguesias de Vila Nova de São Bento e Vale de Vargo. Atento a quem tinha à sua frente, onde os cabelos brancos e as carecas predominavam, o candidato presidencial não perdeu a oportunidade de se dirigir a eles. Depois da questão das baixas reformas e do evelhecimento da pirâmide etária, que já tinha abordado ao longo do dia, tinha à sua frente uma assistência com idade suficiente para reconhecer a necessidade de “defender a liberdade e a democracia”.

Falava, claro, dos tempos anteriores ao 25 de Abril de 1974 e puxava pela importância do PCP em todo o processo de derrube da ditadura. “É connosco que contam na primeira linha, os que nunca desistem por mais duras que sejam as condições de defesa da democracia e da liberdade. Esta candidatura é herdeira dessa melhor tradição de luta pela liberdade e pela democracia”, apontou o candidato não sem atirar aos que “desaparecem” depois das eleições. “Não desaparece no domingo e também isto faz a diferença e o voto nesta candidatura é de uma enorme utilidade. Conta para abrir o horizonte de esperança e defender em quaisquer circunstâncias a liberdade e democracia, para fortalecer as raízes da democracia na sociedade”, frisou o candidato.

Cancelar a campanha? Há uma avaliação diária e um esforço de adequação diz João Ferreira

Com o aumento diário de novos casos e número de mortos a escalar, João Ferreira foi questionado sobre a hipótese de cancelar a campanha eleitoral. Na resposta, o candidato voltou a frisar a importância de esclarecer as pessoas antes da eleição de domingo que será “determinante para os próximos cinco anos” do país. A ação desta tarde, em Évora acabou por ser atingida por essas alterações imprevistas, com os jornalistas a não poderem estar presentes no interior do Laboratório Hércules, da Universidade de Évora, para respeitar as normas impostas para evitar a propagação da Covid-19.

À chegada, João Ferreira recebeu mais uma lista — em formato eletrónico porque partilhar papéis é uma ação de risco — de apoiantes à sua candidatura da comunidade educativa da Universidade de Évora. Com o dia dedicado ao Alentejo, João Ferreira percorre esta terça-feira centenas de quilómetros com o tema das desigualdades territoriais na agenda (e na Constituição, claro).

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