A ideia de que Thomas Heurtel estava mesmo de saída do Barcelona surgiu nos últimos dias de 2020, quando o Barcelona deixou o jogador em Istambul e impediu-o de viajar com a comitiva de regresso à Catalunha depois de descobrir que o francês estava a negociar com o Real Madrid. Menos de um mês após o episódio surreal, a ideia foi confirmada: o Barcelona rescindiu com Thomas Heurtel e a imprensa espanhol garante que o jogador já tem um pré-acordo com os merengues.

A notícia começou por ser avançada por Misko Raznatovic, o agente de Heurtel, que nas redes sociais pareceu congratular-se pelo facto de o francês ser agora um agente livre. Minutos depois, foi o próprio Barcelona a confirmar a rescisão do contrato que unia jogador e clube até junho de 2022, sendo que a próxima temporada era já opcional. Contudo, o jornal Marca garante que o acordo de desvinculação inclui uma cláusula adicional que impede o base de 31 anos de assinar por um clube da Liga Endesa até ao fim da época — ou seja, basicamente, que o impede de reforçar o Real Madrid até ao verão.

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Assim, o jornalista Chema de Lucas, especialista no basquetebol espanhol, garante que Thomas Heurtel já tem um pré-acordo assinado com o Real Madrid para integrar a equipa merengue na próxima temporada e ficar com outra de opção. A ida do francês para a capital espanhol prende-se principalmente com a saída de Facundo Campazzo, argentino que saiu para os Denver Nuggets da NBA e cuja ausência ainda não foi compensada. A Marca, porém, indica que Heurtel é um desejo de Juan Carlos Sánchez, o responsável pelo basquetebol do Real Madrid, e não necessariamente do treinador Pablo Laso.

A rescisão com o Barcelona, para além de impedir Thomas Heurtel de assinar imediatamente pelo Real Madrid, também deixa o jogador de 31 anos sem possibilidade de disputar o que resta da Euroliga, mesmo que reforce outra equipa europeia. Isto porque a data limite para a inscrição de novos jogadores na competição europeia terminou no passado dia 6 de janeiro. Sem o francês, os catalães ficam sem o encargo de um salário anual de dois milhões de euros de um jogador que não fazia parte das opções do treinador Sarunas Jasikevicius. Já Heurtel, se não conseguir encontrar lugar num clube e jogar com regularidade, vê ameaçada a presença na convocatória de França para os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Thomas Heurtel vai assim representar em seguida o sétimo clube da carreira, depois de Pau-Orthez e Estrasburgo em França, Anadolu Efes na Turquia e Lucentum Alicante, Laboral Kutxa e Barcelona, onde estava desde 2017, em Espanha.