O presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, apelou esta terça-feira ao voto em Marcelo Rebelo de Sousa mas defendeu que as eleições presidenciais deviam ter sido adiadas, acusando a esquerda de “insensibilidade” ao impedir o adiamento em período de pandemia.

O país e os portugueses enfrentam hoje [esta terça-feira] uma realidade pandémica sem paralelo desde março de 2020, com uma forte pressão na resposta dos serviços de saúde, a par de uma crise económica e social, que deveriam ter sido justificação suficiente para o adiamento das Eleições Presidenciais do próximo domingo, dia 24 de janeiro”, diz em comunicado do PSD/M.

Miguel Albuquerque sublinha que “a insensibilidade partidária, em especial dos partidos de esquerda, impediu o natural adiamento, ficando óbvio que a participação eleitoral dos portugueses pode estar comprometida. Ficando óbvio, também, que uma abstenção muito elevada apenas ajudará o PS, com a diminuição da legitimidade do Presidente eleito, num mandato que será determinante para todos os portugueses”.

Apesar dessa constatação, o presidente dos sociais-democratas madeirenses diz também ser “óbvio que Portugal precisa de um Presidente da República capaz de assumir-se como a antítese desta esquerda sem princípios e sem visão, e que exerça as funções de Estado e de soberania para com todos os portugueses, vivam estes no território continental ou nas Regiões Autónomas”.

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“Neste enquadramento, o voto em Marcelo Rebelo de Sousa é o único recomendável, porque é o único capaz de derrotar a esquerda anti-autonomista que ainda manda em Portugal”, refere, esperando que “esta reeleição seja uma nova oportunidade do aprofundamento e do respeito pela autonomia, onde desta vez o Presidente da República deverá ter um papel ativo na defesa do povo madeirense”.

No passado dia 10 de setembro, o chefe do executivo madeirense tinha afirmado que avançaria com uma candidatura à Presidência da República caso os outros candidatos não defendessem matérias que considera de “interesse fundamental” para a região.

“Vou avançar se isto não ficar resolvido. Eu vou aos debates. Não vão gostar, mas vou lá defender aquilo que eu acho que tenho de defender. A minha obrigação é defender a região”, afirmou, na altura, aos jornalistas, à margem de uma visita à empresa Zoom Publicidade, no Funchal.

Às eleições presidenciais de 24 de janeiro concorrem o atual chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, a ex-eurodeputada do PS Ana Gomes, o deputado único e presidente do Chega, André Ventura, a deputada ao Parlamento Europeu e membro da direção BE, Marisa Matias, o eurodeputado e dirigente da cúpula do PCP, João Ferreira, o dirigente da Iniciativa Liberal Tiago Mayan e o ex-autarca Vitorino Silva (“Tino de Rans”), agora presidente do RIR (Reagir, Incluir, Reciclar).